Páginas

Zaqueu Abreu


O PROFESSOR DE HISTÓRIA COMO SUJEITO DE TRANSFORMAÇÃO
Zaqueu Abreu Reis
História/UniAGES

Os professores estão em um estado de perplexidade, perdidos diante das mudanças da sociedade. O educador tem muitas angústias e queixas. São décadas de desmonte do sistema educacional brasileiro, a desorientação é grande. Nos últimos anos, os processos de mudanças sociais e as políticas de transformação educativa têm feito com que os requerimentos para o desempenho da docência sejam mais complexos e exigentes. Assim os docentes em geral são hoje chamados a exercerem seu trabalho com níveis mais altos de autonomia, o que traz maiores exigências. Algumas questões surgem – Quais os conceitos um professor de História tem que dominar? Qual o papel do livro didático? Qual a importância do planejamento?
Por todos esses aspectos, um bom professor de História tem de ter afinidade com alguns conjuntos de saberes, mas que saberes são esses? Eles se dividem em três campos: os saberes a ensinar, circunscritos na própria história dentre eles estão à historiografia, os conceitos epistemológicos, as fontes, dentre outros. Os saberes para ensinar, que dizem respeito à docência, ao currículo, à didática, à metodologia, à cultura escolar. E os saberes do aprender, que se referem ao aluno, aos mecanismos da cognição, à formação do pensamento histórico. (CAIMI, 2015, p. 105-124)
Portanto, para abordar esses pontos é fundamental um bom planejamento, ao mesmo tempo sendo importantíssimo que se tenha consciência de que não existe um modelo único ou inflexível de planejamento a ser seguido, isto é, existem múltiplas abordagens para um determinado assunto, o que não pode faltar nos planos de aula são as especificidades da História. As ações ocorridas no meio escolar sofrem efeitos de influências econômicas, políticas e culturais, dessa forma, os planejamentos em História são recheados de implicações sociais, possuindo um significado político, refletindo igualmente as opções pedagógicas e historiográficas do docente.
Logo se entende que em toda e qualquer ação humana, quando pensamos de forma a atender nossas metas, estamos planejando. Planejar é pensar, a especificidade que o professor deverá abordar é o objetivo de formar um cidadão social capaz de refletir sobre diferentes experiências humanas em diferentes tempos e espaços, para tal a necessidade de definição de princípios teórico-metodológicos é primordial. Estes devem fazer parte da organização de suas aulas, dessa maneira a organização e sistematização das ideias facilitarão as tomadas de decisões em prol da garantia da eficiência e da eficácia do ensino-aprendizagem dos alunos. (AZEVEDO, 2013, p.5)
Para uma maior eficácia todo professor precisa conhecer a realidade a sua volta, ou seja, o meio onde está inserido. Atentando-se as características individuais de cada aluno, respeitando seus conhecimentos e experiências prévias. Ao ler os PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais) os professores enxergam que o ensino de História é parte de um conhecimento interdisciplinar, ou seja, a História não esta desconexa das problemáticas do mundo, vai entender como fazer para que os alunos questionem, identifiquem e encontrem possíveis soluções dos obstáculos encontrados no seu cotidiano, demonstrará aos alunos diferentes grupos étnico-culturais e ensinará que todos devem ser respeitados. (BRASIL, 1988, p. 43)
Em sua empreitada é imprescindível para o educador realizar um trabalho de campo, criar um diálogo com seus alunos e com a comunidade. Essa análise é indispensável, pois vivemos em uma sociedade onde as transformações são intensas e frequentes. O que evidencia e determina a importância de uma metodologia flexível, onde consequentemente as ações são avaliadas e revistas a todo o momento. (CANDAU, 2011, p.240-255) Essa previsão e a tomada de decisões a respeito dos meios disponíveis devem ser relacionadas para uma ação posterior, a fim de que possam se tornar fatores de ajuda na conquista dos objetivos. (MENEGOLLA, 2010, p. 18)
Levando-se em consideração esses aspectos é necessário aos professores conhecerem-se do ponto de vista de suas próprias personalidades, conhecer seus alunos, as metodologias que são mais adequadas a sua disciplina e o contexto social da localidade onde esta. (MORETTO, 2011) Consequentemente percebemos que a docência envolve produção de valores, ideias, deveres, direitos, visão de mundo entre outros. Esse diagnóstico da realidade sócio educacional deixa evidente a necessidade do profissional da educação, o sentido e a relevância de seu trabalho, revela também a enorme complexidade da profissão escolhida, já que implica participar da formação do caráter, da personalidade, da consciência e da cidadania das novas gerações. (VASCONCELLOS, 2004, p. 47) O engajamento dos educadores nesse processo, sua vontade de participar e o compromisso com que encara sua função, é indispensável para que seus estudantes tenham acesso à cultura, de criar, de atribuir valores, de desenvolver sua consciência.
Para que os estudantes estejam aptos a opinarem, terem senso crítico e modificarem sua comunidade, o professor também deve analisar a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) para esquematizar as aulas, nesse documento que é lei federal estão às bases de um ensino de qualidade, esse se norteia pela compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; prega o desenvolvimento da capacidade de aprendiza­gem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos, habilidades e a formação de atitudes e valores; todos esses aspectos fortalecem os vínculos da família, os laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (BRASIL, 2016, p. 14)
Outra ferramenta essencial para o bom desenvolvimento das aulas é o livro didático, muitas vezes este é o único instrumento de trabalho disponível aos professores e alunos, o mesmo é um excelente mecanismo de auxilio no processo de ensino-aprendizagem, porém não pode haver uma espécie de “fetichização ou endeusamento” do livro didático, o mesmo deve ser problematizado. A supervalorização deste instrumento pedagógico em nossa cultura escolar pode esconder problemas com relação a sua qualidade. Os contornos ideológicos e políticos, sobretudo no período republicano brasileiro, devem ser expostos e debatidos em sala de aula. (SILVA, 2012, p. 803-821)
Por isso tudo somos levados a acreditar que a reflexão dos professores sobre suas práticas pedagógicas podem assegurar a não repetição de aulas destituídas de significado para os estudantes, afinal de contas ser reflexivo é uma das novas exigências requeridas dos atuais educadores. O ensino de qualidade que se busca, será usado para contestar as relações político-econômico-sociais e para tal o docente deve utilizar e ter um amplo domínio didático, teórico e metodológico procurando sempre refletir. Essa análise do processo de ensino-aprendizagem com certeza trará melhorias para a educação.

Referências bibliográficas:
AZEVEDO, Crislane Barbosa. Planejamento docente na aula de história princípios e procedimentos teórico-metodológicos.Revista Metáfora Educacional. N° 14, p. 3-28, jan./jun. 2013.
Brasil. [Lei Darcy Ribeiro (1996)]. Seção III – Do Ensino Fundamental, art. 32. LDB [recurso eletrônico]: Lei de diretrizes e bases da educação nacional: Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. – 12. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2016. – (Série legislação; n. 254).
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: história. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CAIMI, Flávia Eloisa. O que precisa saber um professor de história. História & Ensino, v. 2, p. 105-124, jul./dez. 2015.
CANDAU, V. M. Diferenças culturais, cotidiano escolar e práticas pedagógicas. Currículo sem Fronteiras, v.11, n.2, p. 240-255, jul./dez 2011.
FONSECA. Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história: Experiências, reflexões e aprendizados / Selva Guimarães Fonseca. – Campinas, SP: Papirus, 2003. – (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico).
MENEGOLLA, Maximiliano. Por que planejar? Como Planejar? 18ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
MORETTO, Vasco P. Planejamento: planejando a educação para o desenvolvimento de competências. 7ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

SILVA, Marcos Antônio. A fetichização do livro didático no Brasil. Educ. Real. Porto Alegre, v. 37, n° 3, p. 803-821, set./dez. 2012.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Para onde vai o Professor - Resgate do Professor como Sujeito de Transformação. 12a ed. São Paulo: Libertad, 2004.


36 comentários:

  1. Tendo em vista que o mercado editorial de livros didáticos gera milhões e é carregado de estigmas e estereótipos provocados pela linha ideológica de pensamento das editoras. Será que poderia apontar alguma solução para essa problemática? (Reinaldo Glusczka)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. Bom dia, muitíssimo obrigado por ter lido o texto, sua pergunta é bem pertinente. Atualmente uma das melhores maneiras de começar a desconstruir esses esteriótipos é por meio do debate mais aprofundado por parte do professor, não é simplesmente passar o conteúdo, mas mostrar quem elabora o conteúdo e porque o elabora. Como você mesmo disse esse mercado gera milhões de reais em lucro para as editoras, então muitas vezes quem estar por trás dos li todo quer manter os​ esteriótipos, quer formar cidadãos que não questionam o status quo.

      Excluir
  2. Bom dia caro professor, você citou que a supervalorização do livro didático em nossa cultura escolar pode esconder problemas com relação a sua qualidade. Exemplifique quais seriam esses maiores problemas.

    João Paulo de O. Farias

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. Bom dia, obrigado por ter lido o texto e pela sua pergunta. Bem um exemplo, seria um livro didático de História que fala que a única forma de resistência dos escravos no Brasil Colônia era a fuga, isso passa uma ideia que os cativos não pensavam em maneiras eficazes de resistir a escravidão ou de se libertar, ainda por cima passa uma ideia de "animalização", afinal de contas qualquer animal selvagem foge quando​ se sente ameaçado. Existem vários outros exemplos e eles sempre vêem nas entrelinhas dos textos, e cabe ao professor discutir essas problemáticas com seus alunos. Essa é uma falha terrível que acaba perpetuando os esteriótipos de nossa sociedade e por consequência faz aumentar o racismo. O livro deve ser utilizado, debatido e comentado por outras leituras.

      Excluir
  3. O senhor acha que mudanças em livros didáticos seriam benéficas para o ensino e para a aprendizagem?
    Matheus Magossi Ruiz

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom dia Matheus, obrigado pela pergunta. Acretido que sim, mas não mudar por mudar, ou por "modismo" deveria haver uma melhor elaboração desse material, muitas vezes o livro serve de ferramenta ideológica para doutrinar a sociedade, pois se eu vejo e aprendo uma única visão de um determinado fato histórico levo aquilo como verdade absoluta para o resto da vida e no âmbito da história fica evidente que não existe uma única visão dos fatos e uma verdade incontestável.

      Excluir
  4. Por entender a historiografia como ponto fundamental para a pratica do ensino de história, como levar as discussões do meio acadêmico para o ambiente escolar, mantendo a criticidade ao mesmo tempo em que a transmita de forma didática?
    Wesley Sousa do Nascimento

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom dia Wesley, infelizmente não há uma fórmula universal, pois a metologia a ser aplicada depende muito dos alunos, muitas vezes ela deve ser alterada de uma classe para outra da mesma escola, no meu caso específico eu tento contextualizar o cotidiano dos alunos com os acontecimentos históricos, por exemplo, para falar da construção do Estado nacional brasileiro, trago para os estudantes a política local fazendo pequenos pontos de interligação do micro e o macro. E sempre tentando falar o mais simples possível, as vezes por estarmos na academia queremos falar em sala de aula com as mesmas palavras que estamos acostumados, porém a compreensão dos alunos não é a mesma que a nossa, então a didática passa, e muito, pela forma de falar.

      Excluir
  5. LUIZ CARLOS COUTO MOTTA3 de abril de 2017 às 11:54

    Zaqueu no seu texto, dica-se de passagem gostei muito, O PROFESSOR DE HISTÓRIA COMO SUJEITO DE TRANSFORMAÇÃO, tratou de uma temática corrente no meio acadêmico - O ensino de História nas escolas E O PAPEL do professor.
    Na tua opinião o uso de documento oficiais em pesquisas na sala de aula que efeitos teriam aos alunos ? E de que maneira o professor poderia explorar esta fonte ?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom dia Luiz, gostei muito de suas perguntas e obrigado pelo elogio ao texto apresentado. Primeiramente por experiência própria posso lhe dizer os efeitos que as fontes trazem são fantásticas, os alunos viajam na aula, participado mais, questionam, traduzindo se torna na aula que todo professor quer. A segunda complementa a primeira, explorar é extremamente simples, podemos pedir ao aluno que levem fotos antigos que eles têm em casa, nelas podemos analisar os costumes culturais da comunidade​ como: roupas, festas, economia, política entre vários outros temas, daí podemos fazer a ligação com o assunto macro, Taís como: porque eles se vestiam assim? De onde veio a influência para determinado festejo? E por aí vai, garanto a qualquer colega usem as fontes, podem ser fotos, jornais, vídeos caseiros, notas ou moedas antigas, roupas, utensílios domésticos que encontramos nas casas de nossas avós, tudo é fonte, tudo nos "fala" algo, é só fazer as perguntas certas.

      Excluir
  6. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  7. Caro Zaqueu,
    Em uma passagem do texto, você se refere ao uso do livro didático, instrumento imprescindível no processo de ensino aprendizagem. Mas, no seu ponto de vista, qual a importância de trazer novos métodos capazes de diversificarem a aula?

    Wiliane Maine do Nascimento.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa tarde Wiliane. É fundamental que o professor traga novos métodos para a sala de aula pelo simples motivo que o livro didático acaba sendo muito recortado, quando eu digo que é imprescindível é pelo fato de ser acessível a maioria dos alunos e professores, uma vez que é distribuído pelo governo, agora ele somente não da conta de mostrar toda nossa conjuntura político-econômica​-social. Outro ponto que as vezes passa despercebido por quem trabalha com a educação são os novos métodos e ferramentas que muitas vezes são trazidas pelos alunos e não aproveitamos. Por exemplo, um​ aluno que gosta de séries e filmes, podemos indicar obras nessa área para que sejam assistidas e debatidas em sala de aula.

      Excluir
  8. Sabe-se que o educador vem sofrendo várias mudanças ao longo do tempo no processo educacional tanto social como político.

    Qual o ponto positivo e negativo em relação a essas mudanças no processo de transformação educativo ?

    Jaqueline Cardoso Paiva

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa tarde, Jaqueline. Bem os pontos positivos são a abertura para novas possibilidades de ensino, a utilização de novas ferramentas que ajudam imensamente os educadores e alunos, como por exemplo o computador. Os pontos negativos que observo é o famigerado "modismo" percebo que muitas vezes são utilizadas novas ferramentas simplesmente por usar, para seguir a "cristã da onda", o fundamental não é atualizar ou rever a ferramenta, mas sim sempre analisar, rever e modificar qua do necessário a metodologia.

      Excluir
  9. Boa noite, Caro professor!Em seu artigo o senhor citou que o professor tem que ter um conjunto de saberes,e que estes saberes se divide em três, no seu ponto de vista, dentro da sala de aula, com a atual realidade que nos deparamos, o senhor acha realmente que na prática conseguimos de fato colocar as três categorias do saber funcionar de maneira positiva? Seria possível realmente aplicá-las com eficácia? Desde já agradeco e desculpe se a pergunta parece ser imbecil. Mas, essa parte do seu texto me intrigou.
    Att: Carla Danielle da Silva

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa tarde Carla Danielle, creio que sim que é possível aplicar os três saberes mesmo sendo complicado. Por exemplo, eu posso levar a sala de aula jornais ou revistas que mostram o mundo da moda e a partir daí contextulizar para os alunos os "padrões de beleza" que a sociedade impõe, através dessas duas fontes posso debater machismo, racismo, homofobia dentre outros múltiplos temas, vai depender da matéria que escolhemos para relacionar com nosso assunto da aula. Perceba que no exemplo estão incluídos os saberes a ensinar com as fontes, os saberes para ensinar que vai levar em conta o currículo para escolhermos qual matéria do jornal ou revista vamos debater com os alunos e os saberes do aprender que vai ajudar o aluno a pensar historicamente eventos que ele observa em seu próprio ambiente familiar.

      Excluir
    2. Caro Zaqueu,
      Parabéns pelo ótimo e muito brigado pela atenção. Sucesso!!

      Excluir
    3. De nada Carla Danielle,
      Eu que agradeço imensamente por seus comentários que vão me ajudar no andamento de meu trabalho e pela pergunta.

      Abraços

      Excluir
  10. Boa Noite, primeiro quero te parabenizar pelo seu texto. E te fazer uma pergunta sobre as questões referentes a LDB, que tem as bases de um ensino de qualidade, na sua opinião tem como ministrarmos uma boa aula com os recursos que temos em nossas escolas públicas, as leis da LDB é realista? Ela vai de acordo com a realidade ao qual vivenciamos em sala de aula? Muitas vezes nós professores analisamos os documentos , os escritos do governo, com metas, com sugestões para ministrar boas aulas, mas a realidade os meios que temos não ajuda para se dar uma boa aula.
    Att,
    Maria Camila Fernandes de Macêdo Silva- UERN

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa tarde Camila, obrigado pela parabenização, por ter se disposto a ler o texto e por fazer perguntas que com certeza vão enriquecer minha próxima escrita. A resposta a primeira pergunta é: sim, temos como ministrar uma boa aula, não é fácil, mas possível. Eu acredito que a lei pode ser aplicada a realidade, mas é óbvio que tem que haver uma reforma completa, profunda e estrutural na nossa educação. A última não, nossa realidade é totalmente diferente do que diz a lei, bem afirmo isso com relação ao que vivenciei e vivencio nas escolas que conheço, agora não podemos simplesmente reclamar, temos que nos unir em prol da educação brasileira, também temos que deixar claro para toda a sociedade que somos professores, não podemos ser país, psiquiatras, psicólogos, nutricionistas, médicos, enfermeiros e amigos dos alunos, somos professores, acabam nos dando uma carga que não é nossa, nos dão problemas para resolvermos que não são de nossa alçada, então a lei escrita não consegui diz com a realidade. Como sempre digo se nosso país seguisse nossa Constituição Federal a risca, seríamos outro país totalmente diferente, mais solidário e com oportunidades iguais.

      Excluir
  11. Muito bom seu texto, Zaqueu. Nos chama à reflexão sobre a importância da atuação crítica e engajada do professor. Mas você não acha que devemos levar em conta também, além da dedicação do professor no planejamento de suas aulas e em sua postura em relação aos alunos, a necessidade dele se posicionar diante das políticas de educação que se produzem no país? Você não acha que falta ao professorado de uma maneira geral (tanto das escolas públicas como das particulares) uma postura um pouco mais ativa nas discussões sobre educação?

    GUILHERME CYRINO CARVALHO

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom dia Guilherme, obrigado pelo elogio. Sim, os professores têm que estar a par das políticas que influenciam diretamente em seu trabalho e com certeza deveriam tomar partido nas discussões e elaborações das mesmas. A segunda pergunta é complemento da primeira, realmente falta, não a todos os professores, mas a alguns profissionais da educação maior interesse pelas discussões, aí tem alguns fatores que já são tema para outro texto, mas vou dar exemplo de um fator, muitas vezes o professor tem interesse de participar ativamente das discussões, mas a burocracia (que eu particularmente gosto de chamar de "burrocracia"), impede os educadores desse debate, além dos problemas com relação as péssimas condições de trabalho, para vermos isso basta conversar com qualquer profissional que leciona há 10, 15 ou 20 anos eles estão em sua maioria cansados, desanimados e perdendo suas esperanças com o quadro educacional do Brasil.

      Excluir
  12. Sabendo que muitos alunos não desperta interesse pela disciplina historia e muitas vezes questiona que historia só fala do passado.Como professor pode usar métodos além do livro didático para despertar o interesse pelo ensino de história? Assina Maria Conceição da Silva

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa tarde Maria,

      Falando por experiência própria em sala de aula, percebi que os alunos sempre se interessam mais pelos temas históricos quando conseguimos ligar a história do livro com nosso cotidiano, assim em todas as vezes que discutimos em sala de aula fotos antigas dos estudantes, revistas, filmes, histórias em quadrinhos, até com desenhos animados conseguimos deixar a aula mais interessante. Venho percebendo que a coisa mais intediante que os estudantes acham nas aulas de história é aquele professor que só fala, fala, fala, fala e não deixa os alunos falarem, uma vez que o aluno só participa quando a aula é interessante para ele, como professores muitas vezes temos que nos controlar e ter cuidado para não "podar" o pensamento do estudante.

      Excluir
  13. Boa tarde.Qual a importância da LDB na educação e na formação proficional?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa tarde, bem sua importância é fundamental uma vez que a mesma contém todas as diretrizes educacionais do país, em todos os âmbitos, na formação profissional por exemplo, a LDB vai dissertar sobre todos os requisitos mínimos para uma pessoa se tornar um educador capacitado. No sentido educacional é importantíssimo se conhecer a lei, pois assim tanto o educador, como os estudantes vão compreender quais seus direitos e deveres, podendo exigir das esferas governamentais investimentos na educação.

      Excluir
  14. Olá Prof Zaqueu,

    Na sua opinião, por que não temos mais, ou são infimos os professores de História, que são atuantes fora da sala de aula? exemplos que falo: Marc Bloch; Edward Palmer Thompson; Natalie Zemon Davis e etc...

    FRANCISCO ELÁDIO PEREIRA DA SILVA
    ACADÊMICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
    UAB/UECE - POLO DE CAMOCIM

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom dia Francisco,

      Parto do pressuposto que existe um tripé que levam a esse quadro: 1° - O descaso das esferas governamentais, 2° - Falta de reconhecimento e valorização do professor por grande parcela da sociedade e 3° - Comodismo dos próprios professores. Um ponto se relaciona intrinsecamente um com o outro tornando-se uma espécie de bola de neve.

      Excluir
  15. Bom dia excelente seu texto.Gostaria de saber em sua concepção o professor de história deve ser o professor pesquisador?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa noite Rosiane,

      Primeiro obrigado pelo elogio. Sim, uma vez que nossa área nos instiga a investigação, a questionar fontes documentais, então todo professor de História tem que ter um pesquisador dentro de si, não precisa viver em arquivos públicos por dois motivos simples: disponibilidade de tempo e arquivos muitas vezes mau organizados, mas podemos fazer uma pesquisa sem sair do lugar basta saber o que pesquisar e onde pesquisar utilizando-se de nossos computadores e celulares. No meu caso por exemplo, 90% de minhas fontes utilizadas na graduação para a construção do TCC encontrei em sites na internet. Aliás vou deixar aqui alguns que contém muita coisa.

      Links:

      http://www2.senado.leg.br
      http://memoria.bn.br/hdb/periodo.aspx
      http://www-apps.crl.edu/brazil/ministerial


      Excluir
  16. Muito o seu texto!!!
    Dentro da universidade através das pesquisas escrevemos artigos e outros textos, esses textos tem um forte embasamento teórico que muitas vez fica difícil trabalhamos ele em sala de aula. Como devemos fazer para eles ficarem mais didáticos?

    ANTONIO FRANCISCO DE SOUZA

    ResponderExcluir
  17. Boa noite Zaqueu, estou me graduando no curso de História, e durante o trabalho referente à pesquisa de Iniciação Científica fui levada a trabalhar com a proposição de métodos diferenciados do ensino de história. A partir disso, me foi colocado trabalhar com o tema da alimentação, uma temática bastante comum no cotidiano de qualquer indivíduo, mas ao mesmo tempo tão diversa e reveladora de particularidades sociais e culturais, e apesar disso um assunto pouco explorado em sala de aula. Gostaria de saber se você já trabalhou com essa temática? Você acredita que poderia ministrar esse tema em sala de aula? De que forma? Com qual conteúdo?

    Desde já agradeço pela atenção.
    Suellen de Lima.

    ResponderExcluir
  18. Boa noite Zaqueu, estou me graduando no curso de História, e durante o trabalho referente à pesquisa de Iniciação Científica fui levada a trabalhar com a proposição de métodos diferenciados do ensino de história. A partir disso, me foi colocado trabalhar com o tema da alimentação, uma temática bastante comum no cotidiano de qualquer indivíduo, mas ao mesmo tempo tão diversa e reveladora de particularidades sociais e culturais, e apesar disso um assunto pouco explorado em sala de aula. Gostaria de saber se você já trabalhou com essa temática? Você acredita que poderia ministrar esse tema em sala de aula? De que forma? Com qual conteúdo?

    Desde já agradeço pela atenção.
    Suellen de Lima.

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.