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Túlio Henrique; Geferson Carvalho

ENTRE PARADIGMAS E DESAFIOS DO ENSINO DE HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II
Túlio Henrique Pinheiro
Gerfeson Carvalho dos Santos
UFVJM- Diamantina-MG

Neste trabalho, procuraremos refletir acerca das dificuldades envolvidas no ensino e pesquisa na disciplina de História, considerando a utilização de uma nova metodologia, e abraçando uma história que privilegie praticas investigativas e que aguce a  curiosidade dos alunos de pesquisar fatos, tais dificuldades são evidentes ao se tratar das práticas antigas do ensinar de História a associando como contos (estória) desempenhar o discurso nos dias de hoje tornou-se uma tarefa muito difícil e complicada, o desinteresse por parte dos alunos, a dificuldade que alguns apresentam para ler escrever e consequentemente interpretar a história, tornam a compreensão da mesma uma tarefa extremamente extenuante, para professores e principalmente para os alunos.
É de fundamental importância que se busque compreender, os motivos pelos quais o ensino e o aprendizado da disciplina de História passa por tantas dificuldades, uma vez que para se conhecer o presente é necessário antes se conhecer o passado, e para isto, nós devemos defendê-la e propor uma visão mais “interdisciplinar” da mesma, pois quando um objeto, seja ele qual for, é observado de pontos de vista diferentes, surge então novos elementos que se agregam a ele, o tornam mais dinâmico e interessante.
As dificuldades enfrentadas pela história hoje, são representadas por um certo desgosto, uma falta de interesse sobre a mesma, muitas vezes ela é marcada por elementos que permeiam outras camadas das relações sociais, dificuldades de leitura, e consequentemente na escrita, a falta de uma importância, “um porque devo aprender história”, estes são alguns dos problemas que do nosso ponto de vista, tem de ser resolvidos para que o ensino da história possa ser desenvolvido de forma que atraia o interesse.Buscar compreender um pouco mais as dificuldades dessa tarefa tão complicada, é algo que compete a nós, os futuros professores e pesquisadores da área.
A partir da leitura de artigos que apresentam discussões sobre o assunto e até mesmo das vivencias que tivemos enquanto alunos, pudemos discorrer acerca das dificuldades do ensino de história.
Mas como mudar a visão do ensino e pratica de História, sem que a resposta seja negativa? Isto não é de momento, mudar estereótipos sem causar comoção por parte dos alunos é em suma tarefa e pratica que parte de uma nova proposta de ensino que privilegie não só uma dada história, mais também a história vivenciada, ou a história como construção de saberes, formulada também pelos alunos, trazendo debates a fim de construir conhecimentos. “Demos ampla absolvição à juventude. A história como lhe é ensinada é, realmente, odiosa...” (Mendes, 1935, p.43, apud FREITAS, 2004, p.167).”.  Além disso,“(...) a preleção, que é uma modalidade de exposição, é o velho e batido método que o ensino de história sugere ao professor neófito, seduzido pela tentação de expor, explanar, argumentar e deduzir toda a matéria, numa ordenação clara e lógica, que lhe parece perfeita, como forma de ensino” (MENDES, 1935, p. 43, apud FREITAS, 2004, p.167).
  A adoção contínua por parte dos professores, de velhos métodos e meios de se ensinar não coopera para despertar o interesse dos alunos. “[...]marcada a sabatina ou a primeira chamada, irá ver, e só então, se suas bonitas preleções deram o resultado que esperava. Se, como verificação da aprendizagem, ele se dá por satisfeito em constatar que os alunos se mostraram capazes de reter e repetir o que fora explicado, o ensino de história vai bem e as suas preleções prosseguem[...], ” (MENDES, 1935, p.37-38, apud FREITAS, 2004, p.167) sem se dar conta, ou ter a certeza de que os alunos estão interessados, sem saber se realmente está produzindo conhecimento ou apenas expondo o que sabe para quem não tem interesse.
O ensino da história, por se apresentar ainda hoje como algo engessado, rígido e que deve obedecer a padrões tem colocado a si mesmo, barreiras para limitar o seu crescimento. A importância de se discutir tal tema, encontra se no fato de que atualmente, a história tornou se distante, escondida atrás de normas e preceitos, não despertando o interesse das crianças e jovens. Além disso devemos pensar também no professor que muitas vezes não se sente preparado para o ensino da história, muitas vezes se pauta em um modelo que “funciona”, o adota e o aplica, perpetuando o ciclo do ensino de história.
  Desenvolver métodos que tragam interesse, e que despertem o desejo pelo aprendizado da história é um dever, necessitamos faze-lo, todavia, pensar na mudança de toda uma metodologia que envolve tanto o ensino quanto o aprendizado de história é tarefa muito complicada, devemos ter cuidado com tal tarefa porque sem as devidas precauções podemos acabar com apenas ideias, com um pensamento utópico acerca de como deveria ser feito, de como deverá funcionar o ensino desta disciplina.

Bibliografia
OLIVEIRA, Andréa Ribeiro; GONÇALVES,Taíse Batista. O desafio em ensinar e aprender História: dificuldade dos alunos na leitura e na escrita nas séries iniciais do Ensino Fundamental II. In: XXVII simpósio Nacional de História; Natal-RN, 2013
FREITAS, Itamar. A Pedagogia da História de Murilo Mendes. In: Sæculum - REVISTA DE HISTÓRIA [11]; João Pessoa, ago. / dez. 2004


7 comentários:

  1. Túlio, Gerferson, Qual foi a principal barreira encontrada por vocês para elaboração desse trabalho? e enquanto na pratica vocês tiveram problemas com direção ou colaboradores das unidades trabalhadas em algum momento, que viesse a contrapor a continuidade do trabalho? ou o trabalho tenha sido apenas didático e em cima de referências e visão geral?

    Thomaz Morais

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  2. Olá!, vejo que falam sobre as dificuldades do ensinar História para os anos iniciais, sobre os materiais didáticos, assim como livros e filmes disponibilizados dentro da escola direcionado a área de História vocês não colocam como um forte aliado não?

    Visitante- Ana Maria.

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  3. Bom dia, Túlio e Gerfeson.

    Um dos grandes desafios no fundamental II, principalmente no 6 ano, é a dificuldade de escrita e leitura dos estudantes. Muitos terminam o fundamental I com deficiências graves o que dificulta muito o trabalho em sala de aula.
    Alunos que não escrevem bem e não sabem ler, muito menos interpretar, infelizmente são a grande maioria no início do fundamental II.

    Aline Nunes Rangel

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  4. Realmente, as dificuldades são muitas mas devemos buscar novas formas de trabalhar em sala para despertar o tão sonhado interesse dos alunos.
    Uma dessas, acredito eu, deve ser relacionar os assuntos do passado com o presente. Como exemplo posso citar: quando trabalhar a democracia na Grécia Antiga no 6 ano falar das diferenças em relação a democracia na atualidade.
    Acredito que podemos fazer um belo trabalho se buscarmos novas formas de lecionar e estimular o interesse dos estudantes.

    Aline Nunes Rangel

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  5. Prezado Thomaz Morais, saudações! primeiramente agradeço pela leitura e envio da sua dúvida, realmente em todos os momentos do nosso trabalho nos deparamos com problemas didáticos e de organização dos modos de trabalho com os alunos acerca da disciplina de História, a principio nossa proposta não era trabalhar ensino de História, mais dentro de escolas publicas de nível fundamental e médio seria trabalhar projetos que envolvesse os alunos com as matérias que faziam parte do curriculo básico, toda via com os problemas encontrados pelo caminho, começamos a entrar na discursarão do ensino em si, nossa principal dificuldade respondendo a sua pergunta foi principalmente com os docentes e colaboradores da escola, apresentar nossa proposta de trabalho de maneira associando o ensino da teoria a pratica, não foi tão fácil, o ensino tradicional ainda tem um espaço muito grande, o que nesse trabalho introdutório estudamos e buscamos por discursos a cerca, toda via esse trabalho é a nossa introdução em uma pesquisa que pretendemos levar muito adiante, espero ter respondido sua pergunta e agradeço novamente! Abraços1

    Túlio Henrique Pinheiro

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  6. Olá Ana Maria, espero que esteja bem!

    Obrigado pela participação! em resposta a sua pergunta, devo dizer que os materiais e suporte dentro das escolas trabalhadas nesse período, eram muito poucos, e quanto aos livros didáticos ainda prezam por uma História muito tradicional e Romantizada, uso de filmes já faz parte da realidade dos alunos em grande escala, estamos apostando em novas discussões, em trabalho prático e de pesquisa com os alunos, acreditamos que um trabalho de campo tem uma contribuição para com o ensino de maneira imensa, espero ter respondido sua pergunta Ana! Abraços!.

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  7. Olá Aline Rangel, Boa tarde! obrigado pela participação, concordo com você, nossa proposta tem sido basicamente essa, dando um foco central no ensino fundamental II, pois no médio estamos tendo uma outra visão que passa muito em questão do interesse no vestibular e outros fatores, mais em fim sim a busca pelo interesse dos alunos começa em uma nova formatação do ensino.

    Novamente, obrigado pela participação! forte Abraço!

    Túlio Henrique Pinheiro

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