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Jaqueline Zarbato

ENSINO DE HISTÓRIA E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: DIÁLOGOS E REFLEXÕES PARA A PRÁTICA EDUCATIVA
Jaqueline Ap. M. Zarbato
Profa. Dra. História UFMS

 “Folheava o livro Photographias de Lisboa 1900, de Marina Tavares Dias, quando parei numa imagem que tinha algo de muito familiar — e, ao mesmo tempo, algo de profundamente distante das minhas memórias. É uma fotografia de um chafariz de pedra, daqueles que existem em várias zonas de Lisboa. Mas havia neste qualquer coisa que eu reconheceria mesmo que apenas o vislumbrasse: olhei para ele todos os dias durante pelo menos 20 anos.O chafariz da Rua de Entrecampos fica junto à casa onde cresci, encostado à linha do comboio e, hoje, em frente do edifício da EDP que um dia ali despontou, demasiado grande para tudo o que o rodeava. Na parede de um dos seus “braços” estão cartazes de publicidade antigos — Licor Cointreau, Aguas Fuente Nueva, Odol, o melhor para os dentes. E, à frente, duas carroças com grandes rodas de madeira, puxadas por burros e carregadas até ao limite com trouxas de roupa lavada. Montadas em cima das trouxas, as lavadeiras saloias, de saias compridas e lenços na cabeça, lançam ao fotógrafo um olhar entre a curiosidade e a suspeita”.
[Crônica Rua entrecampos, Portugal. Disponível em
 https://www.publico.pt/local/noticia/quando-a-minha-rua-era-uma-aldeia-1716448. Acessado em 08/07/2016]

Esse texto retirado da crônica Rua entrecampos, Portugal em que o autor narra a partir de suas lembranças, exaltadas num livro de fotografias, as minúcias e as táticas cotidianas de um tempo e a relação com o patrimônio cultural e das estratégias culturais das pessoas que circulavam na rua contribuiu para ‘ alimentar’ nossa inquietação sobre a narrativa do contexto cultural brasileiro. Em que podemos abordar a partir do patrimônio, a investigação sobre as cidades, praças, ruas, lugares, edificações, e as muitas lembranças e histórias escondidas ou silenciadas nas ‘vielas’, nos casarões, nas fotografias, que remontam o entrelaçar de diferentes culturas que fundamentam o patrimônio cultural brasileiro.
A complexidade da abordagem sobre o patrimônio cultural na aula de história tem sensibilizado diferentes fundamentações, estudos e narrativas. Há ainda, alguns encaminhamentos epistemológicos de um lado, sobre o patrimônio cultural e, de outro lado sobre a educação patrimonial, pois para alguns estudiosos, abordar a questão do patrimônio já pressupõe educar. E para outros, é necessário utilizar o conceito de educação patrimonial, uma vez que estabelece critérios e inserções no espaço escolar. Como aponta Fernandes (1992/93) objetivo da educação patrimonial é "desenvolver a sensibilidade e a consciência dos educandos e futuros cidadãos da importância da preservação dos bens culturais”. No conteúdo das diretrizes educacionais, tem-se nos Parâmetros Curriculares Nacionais, (PCN´s/1997) o destaque sobre o patrimônio, em que propõem ao aluno “conhecer a diversidade do Patrimônio etnocultural brasileiro, tendo uma atitude de respeito para com as pessoas e grupos que a compõem”.
A Educação Patrimonial, tradução do Heritage Education – expressão inglesa, surge no Brasil em meio a importantes discussões da necessidade de se aprofundar o conhecimento e a preservação do Patrimônio Histórico-Cultural. Foi exatamente em 1983 que se iniciam efetivamente as ações de Educação Patrimonial por ocasião do 1º Seminário sobre o “Uso Educacional de Museus e Monumentos”, no Museu Imperial de Petrópolis, RJ. O princípio básico da Educação Patrimonial: Trata-se de um processo permanente e sistemático de trabalho educacional centrado no Patrimônio Cultural como fonte primária de conhecimento individual e coletivo. (HORTA, 2004).
De certa forma, nesses tempos em que as pessoas não se reconhecem mais nos lugares em que habitam, em que tudo é fluído, em que a democratização, massificação, mediatização, no dizer de Pierre Nora (1981, p. 7), provoca uma “oscilação cada vez mais rápida de um passado definitivamente morto, a percepção global de qualquer coisa como desaparecida – uma ruptura de equilíbrio”. Realidade que Horta (2005, p.12) definiu como “agnosia social”, a incapacidade de reconhecer o universo que nos rodeia devido a carência de habilidades de interpretação, representação e reconhecimento desta realidade, pertencentes ao pensamento e a memória. Como orienta o PCN para o Ensino Médio,( 2002, p 306) deve-se:
Introduzir na sala de aula o debate sobre o significado de festas e monumentos comemorativos, de museus, arquivos, áreas preservadas, permeia a compreensão do papel da memória na vida da população, dos vínculos que cada geração estabelece com outras gerações, das raízes culturais e históricas que caracterizam a sociedade humana. Retirar os alunos da sala de aula e proporcionar-lhes o contato ativo e crítico com as ruas, praças, edifícios públicos e monumentos constitui excelente oportunidade para desenvolvimento de uma aprendizagem significativa.
A metodologia da Educação patrimonial pode contribuir para a compreensão do passado, instigando nos/as alunos/as os sentimentos de pertencimento ao seu lugar, com a inserção e utilização de procedimentos que podem constituir relações identitárias entre o educando e a história local através da construção de saberes sobre o patrimônio cultural. Segundo Matozzi (2008, p 138), para abordar a questão do patrimônio é necessário analisá-lo segundo algumas premissas:
Primeiramente, porque os bens culturais são simplesmente marcas que devem ser transformadas em instrumentos de informação, mas se tornam elementos que marcam o território e são o meio de seu conhecimento. Em segundo lugar, porque são considerados parte de um patrimônio difuso no território,em relações com instituições e administrações que têm poderes de gestão de alguns aspectos do território (governos locais, superintendências, direções de museus e de sítios patrimoniais...).Graças ao uso dos bens culturais e graças à educação para o patrimônio, o aluno adquire conhecimentos sobre o território e sobre os problemas da sua gestão e pode tornar-se um cidadão consciente, interessado e crítico
Assim, abordar as  inter relações e diálogos possíveis sobre ensino de história e educação patrimonial. Uma vez que, no fazer e saber da história ensinada, pode-se fundamentar as práticas educativas, inserindo diferentes elementos teóricos e metodológicos, como: fontes históricas, documento monumento, edificações, festas, tradições de grupos sociais, etc,  que são definidos no campo  da cultura material e imaterial. E é neste percurso que a Educação Patrimonial contribui com o ensino de história, pois amplia o ‘olhar’ sobre as questões culturais, além de possibilitar um inserção metodológica da prática de leitura e de crítica da manutenção, valorização e disseminação dos bens culturais e de que forma ensinar história a partir deles.
Para Maria de Lourdes Horta (1999) há alguns princípios que devem reger a educação patrimonial, para que seja possível compreender o processo permanente e sistemático do trabalho educacional, que utiliza o patrimônio cultural como fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo. Segundo a autora, a partir do entendimento de que os objetos e expressões do patrimônio cultural são ponto de partida para a atividade pedagógica, é possível ampliar esse conhecimento e os dados observados e investigados diretamente. Pois:
A partir da experiência e do contato direto com as evidências e manifestações da cultura, em todos os seus múltiplos aspectos, sentidos e significados, o trabalho da Educação Patrimonial busca levar as crianças e adultos a um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança cultural, capacitando-os para um melhor usufruto destes bens, e propiciando a geração e a produção de novos conhecimentos, num processo contínuo de criação cultural. A observação direta e a análise das “evidências” (aquilo que está à vista de nossos olhos) culturais permitem à criança ou ao adulto vivenciar a experiência e o método dos cientistas, dos historiadores, dos arqueólogos, que partem dos fenômenos encontrados e da análise de seus elementos materiais, formais e funcionais para chegar a conclusões que sustentam suas teorias. O aprendizado desse método investigatório é uma das primeiras capacitações que se pode estimular nos alunos, no processo educacional., desenvolvendo suas habilidades de observação, de análise crítica, de comparação e dedução, de formulação de hipóteses e de solução de problemas colocados pelos fatos e fenômenos observado.
Este encaminhamento de entrelaçar as concepções do ensino de história com a educação patrimonial contribui também para o processo de formação inicial e continuada de professores, tendo em vista, que amplia os horizontes sobre as questões das histórias e das culturas.
Desta maneira, congregar professores/as, pesquisadores/as, estudantes e demais interessados em discutir as questões que envolvem o ensino de história e educação patrimonial. Vivemos um tempo histórico em que é importante salientar a contribuição das diferentes culturas, de suas heranças, do pertencimento, do estranhamento. E na prática educativa, o/a professor/a se depara com inúmeros conceitos, fontes, saberes, concepções históricas, que podem ser fundamentadas a partir da utilização da metodologia da Educação Patrimonial, com: levantamento de objetos históricos, saídas de campo, memórias de habitantes, utilização de fontes de arquivos, entre outros.

Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: História. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental, 1998.
FERNANDES, J.R.O. Educação Patrimonial e cidadania: uma proposta alternativa para o ensino de historia. In Revista Brasileira de História (Memória, História e Historiografia) São Paulo. Vol.13.n. 2526, pp.265-276. Set 92/agos 93.
GIROUX, H. Cruzando as fronteiras do discurso educacional. Trad. Magda França Lopes. Porto Alegre: Artmed, 1999.
GONÇALVES, José Reginaldo Santos. Monumentalidade e cotidiano: Os patrimônios culturais como gênero do discurso. In._OLIVEIRA, Lucia Lipp (Org.) Cidade: História e Desafios. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2002.
HORTA, Maria de Lourdes Parreiras; GRUNBERG, Evelina. MONTEIRO, Adriane Queiroz. Guia Básico de educação Patrimonial. Brasília: IPHAN/Museu Imperial, 1999.
MATOZZI, Ivo. Currículo de História e educação para o patrimônio. Educ. rev. [online]. 2008, n.47, pp. 135-155.

29 comentários:

  1. Prezada Jaqueline, você mencionou alguns "encaminhamentos epistemológicos" sobre patrimônio cultural e educação patrimonial, dando a entender diferenças nas abordagens sobre patrimônio e educação patrimonial. Poderia esclarecer melhor essas diferenças epistemológicas e as diferentes abordagens sobre educação patrimonial?
    Eduardo Roberto Jordão Knack

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    1. Olá Eduardo. Há algumas concepções teóricas que afirmam que a medida em que promovemos abordagens sobre patrimônio cultural já estaríamos educando o sujeito. Mario Chagas, por exemplo aborda as concepções patrimoniais além de pedra e cal, fundamentando que os patrimônios educam. Já para Maria de Lourdes Horta, a Educação Patrimonial tem princìpios muito definidos, como a observação direta, a descrição e a produção de materiais didáticos. Essa concepção de educação patrimonial é mais difundida no Brasil, tanto que foi inserida pelo programa mais educação em algumas escolas. Na verdade as diferenças epistemológicas centram-se principalmente pela análises das fontes, assim como pelo entendimento do que representa o patrimônio para determinados grupos.

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    2. Obrigado pela resposta!
      Eduardo Knack

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Professora, em alguns momentos do texto você menciona as relações entre patrimônio e educação patrimonial com o papel da memória em sociedade. Gostaria que você desenvolvesse um pouco mais sobre esse tema: quais abordagens da memória você considera relevante para o ensino de história nas escolas?
    Giovanna Santana

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    1. Olá Giovanna.
      Quando abordamos o patrimônio, seja material ou imaterial, a memória contribui de suma maneira para sensibilizar os sujeitos na aprendizagem histórica. Isso porque, a memória podem impulsionar diferentes práticas educativas em história. E aqui, posso me referir as oficinas históricas, que seguem a perspectiva de Isabel Barca, em que utilizamos a investigação histórica na produção de conhecimentos. Assim, há experiência didáticas em história, em que as memórias das comunidades locais e regionais contribuem para que se faça uma interligação entre a história e memória. Em oficinas didáticas os estudantes podem investigar a partir de vestigios do passado, assim como com narrativas as diferentes concepções sobre um tempo histórico. Espero que tenha respondido sua inquietação, abraços

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  4. Prezada Jaqueline, as iniciativas atuais sobre a educação patrimonial indicam uma preocupação em se realizar um trabalho efetivo de conhecimento, apropriação e valorização dos bens históricos-culturais. Foi possível em sua pesquisa detectar os possíveis caminhos para sanar os entraves ao trabalho de Educação Patrimonial, cujo fator principal de dificuldade a meu ver, se configuram nas práticas isoladas em descompasso com as políticas públicas de proteção?
    Clara Zandomenico Malverdes

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    1. Olá Clara.
      A abordagem da Educação Patrimonial não é nova no Brasil, temos ações diferenciadas em espaços educativos formais e não formais. Mas, em nossa pesquisa, percebemos o quanto ainda, no Brasil o enfoque esta sob a tutela do IPHAN e de algumas IES. Porém, percebemos que a preocupação com o que preservar, que memória recuperação, que identificações ou estranhamento tem-se referente ao patrimônio também podem ser problematizadas. Assim, percebemos que em alguns espaços as políticas de preservação só se mantém se relacionadas ao desenvolvimento turístico. Por isso, a importância de trabalhar a educação patrimonial atrelada aos bens culturais imateriais, que apontam para a valorização dos saberes populares, das danças, do folclore. Espero ter contribuído. abraços

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  5. Olá! Parabéns pelo seu texto!
    Não tenho nenhuma questão, mas gostaria de dizer que onde moro, Londrina, Estado do Paraná, há uma "invenção de patrimônio histórico". Explicando: existe o mito da fundação da cidade por ingleses. O que não houve. Apenas, os diretores da companhia colonizadora eram ingleses, mas aqui não permaneceram. O que vemos hoje, são símbolos ingleses espalhados pela cidade: uma passarela com réplicas do Big Ben, cabines telefônicas de modelo inglês, um shopping da cidade com a temática inglesa... os alunos acabam achando que estes símbolos mostram a história da cidade, eles que seriam patrimônio histórico da cidade. Por isso a importância de discutir isso na educação básica. Na verdade, o patrimônio histórico da cidade de Londrina, inclui outros grupos, inclusive indígenas, e não tem nada a ver com ingleses. Os ícones ingleses são "pastiches", "invenções" ou "espetáculos" históricos.
    Um grande abraço!

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    1. Olá Márcia.
      Um prazer tê-la aqui.
      Então, conheci Londrina no ano passado e me foi apresentada essa visão sobre "a Londres brasileira". Por isso, concordo contigo, há que se abordar a questão do patrimônio também pelo estranhamento e pela problematização, já que os saberes cultuados por alguns grupos culturais foram 'silenciados' durante muito tempo no Brasil. A política preservacionista de Vargas exaltava os 'ditos feitos dos imigrantes europeus', o que resultou, em práticas de preservação de uma memória que se fundamenta no olhar de fora para dentro. A concepção de uma Educação patrimonial que seja abordada nas escolas pode apontar bens culturais que herdamos dos indígenas, dos grupos afros, porém, descontextualizados e 'adotados' por grupos europeus ou desconsiderados. Há ainda muito o que fazer, aqui no Mato Grosso do Sul, temos feito este trabalho de mostrar as heranças culturais indígenas femininas no cotidiano, atrelando os saberes e o que foi desconsiderado como bem patrimonial deste povo.
      Ainda vamos falar muito disso.
      Um grande abraço!!

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  6. Boa noite, Prof. Jaqueline. Parabéns pelos seu texto, ele traz uma reflexão bastante pertinente no que diz respeito à conservação dos bens culturais, tão importantes para a manuntenção da identidade histórica de uma sociedade, ou mesmo de um indivíduo. Mas na atual crise ecológica que vivemos não poderíamos incluir nessas questões por você expostas também o patrimônio natural? Você tem feito reflexões também sobre esse tipo de patrimônio - que não deixa de ser também cultural? Obrigada. Ana Marcela França.

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  7. Olá querida Marcela
    Sim, a questão ambiental é de suma importância na preservação e também na valorização das concepções históricas, principalmente na sociedade brasileira. No último projeto que realizamos, propomos oficinas didáticas com professores das escolas públicas, trabalhando com o patrimônio cultural e ambiental. Utilizamos essa concepção, porque podemos embasar no Brasil, seguindo as premissas das políticas públicas de valorização e preservação. Em outros países isso tem sido mais difundido, mas estamos iniciando essa abordagem no Brasil. E na área de História ainda carece de pesquisa. Espero ter respondido tua questão. Abraços

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  8. Lidar com a formação de uma consciência cidadã, interessada e crítica pode resultar em nem sempre haver uma "apropriação e valorização de sua herança cultural", uma vez que o que hoje é considerado patrimônio cultural resultou de uma seleção de intelectuais com projetos políticos muito claros do que seria designado ou não como patrimônio - apesar dos avanços na atualidade nas formas de participação social e alargamento do conceito de patrimônio. Desse modo, como trabalhar com o ensino de história e educação patrimonial com o não reconhecimento de algo como herança cultural? Tomo aqui como exemplo o "Monumento as Bandeiras" de Brecheret que agora em São Paulo tem a Guarda Civil Metropolitana para zelar por sua manutenção, devido a diversos ataques protestando seu significado na atualidade. Como a abordagem da educação patrimonial é possível suscitar uma valorização da "herança bandeirante" ao mesmo tempo em que se fala de Ensino de História Indígena? Estaríamos com a nossa prática educativa fadados a persuadir os alunos a reconhecer que tudo o que se tem como patrimônio deve ser respeitado porque está sob a tutela da legislação patrimonial? Não seria mais produtivo levar essa discussão para uma compreensão de que os bens culturais patrimonializados são passíveis de questionamento e não representam a totalidade das identidades, estando a designação de "patrimônio" sujeita à reavaliação?
    Gustavo Lion Alves de Oliveira.

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    1. Olá Gustavo muito boa sua questão. penso que as pesquisa e ações feitas têm levado em conta os saberes de grupos populares. porém a memória em torno da edificação ainda permanece na sociedade brasileira. Não há dúvida de que os patrimônios devem suscitar a contribuição cultural de diferentes grupos.Por isso a importância de nossas pesquisas

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  9. Boa tarde!!.. Qual a melhor maneira de integrar a educação patrimonial na educação brasileira, atrelada a disciplina história ou como um tema transversal? Marlon Barcelos Ferreira

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    1. Olá Marlon. Há diferentes maneiras de atrelar as abordagens do patrimonio na história. o próprio tema do pluralismo cultural favorece essa campo de ação.

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  10. Elaine Cristine Luz Santos de Moura5 de abril de 2017 às 06:04

    Saudações, professora!

    Sou formanda em História pela UFMS de Campo Grande. Estou encantada com a sua pesquisa! Também realizo pesquisas sobre Educação Patrimonial e tive dificuldades em encontrar orientação, acredito que seja por ser um campo de pesquisas recentes. Por isso fico feliz em conhecer seu trabalho! Minha indagação é em relação às suas principais dificuldades em realizar o ensino de educação patrimonial com os alunos.
    Também gostaria de saber se foram realizadas pesquisas sobre a identidade legitimada pelos patrimônios.

    Agradeço a oportunidade e as respostas!

    Desejo sucesso!

    Cordialmente,

    Elaine Cristine Luz Santos de Moura

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    1. Olá Eliane. que bom que vocês trabalha com o tema. podemos fazer parcerias. nossa pesquisa aponta alguns encaminhamentos sobre a educação patrimonial e ensino de história trabalhando mais enfaticamente com os saberes culturais. sobre a identidade legitimada há grupos que pesquisam isso no Brasil. mas ainda de forma inspiente. espero que possamos conversa e melhor sobre nossas ações. abraços

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  11. Olá professora, gostei muito do seu trabalho e penso que a educação patrimonial em nosso país é urgente. Gostaria de ver o povo brasileiro orgulhoso de sua cultura e mais interessado no seu patrimônio. Nas crianças podemos aplicar a educação patrimonial, mas o que fazer em relação aos adultos? Ana Maria da Costa

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    1. Olá Ana Maria.Bom ter você conosco. Com as crianças temos o processo de investigação nas saídas de campo que nos ajudam a ampliar as concepções da aprendizagem histórica. Mas os adultos tem uma questão que pode nos ajudar a explorar ainda mais essa perspectiva, que é a memória. a partir dela há a possibilidade de entrelaçarentrelaça diferentes análises. obrigada e espero ter ajudado. abraços

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  12. Boa Noite Drª
    é o prof Sergio de Curitiba
    Fontes históricas
    “Vivemos um tempo histórico em que é importante salientar a contribuição das diferentes culturas, de suas heranças, do pertencimento, do estranhamento. E na prática educativa, o/a professor/a se depara com inúmeros conceitos, fontes, saberes, concepções históricas, que podem ser fundamentadas a partir da utilização da metodologia da Educação Patrimonial, com: levantamento de objetos históricos, saídas de campo, memórias de habitantes, utilização de fontes de arquivos, entre outros. ” Você acredita ser fundamental para o ensino de história que o professor domine e saiba trabalhar os conteúdos de fontes históricas e de que forma o professor pode motivar o aluno usando fontes históricas
    ATT

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    1. Olá Sérgio. muito boa sua indagação. penso que sim, porque o professor precisa conhecer e ter formação continuada que o auxilie a lidar com tantas perspectivas metodológicas. a perspectiva da educação histórica ajuda a pensar na motivação no ensino de história. pois insere a investigação histórica como fator primordial na aprendizagem histórica

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  13. Jaqueline parabéns pela reflexão!
    Concordo com vc sobre as potencialidades da educação patrimonial para o ensino de História. Contudo, gostaria de saber se vc tem algum projeto que envolva educação patrimonial e ensino de história e se os resultados foram positivos no sentido de instigar os alunos a uma melhor compreensão do passado e do presente?
    CECÍLIA MARIA CHAVES BRITO BASTOS

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  14. Olá Cecília. tenho projetos que pontuam os saberes culturais das mulheres no Mato Grosso do Sul em que as crianças aprendem mais sobre a contribuiccontribuição cultural de mulheres negras. E com isso levamos as crianças a pesquisa e investigar sobre o patrimônio cultural. Se quiser saber mais entre em conta o pelo e-mail e vamos dialogar mais. jaqueline.zarbato@gmail.com
    abraços

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  15. Julio Junior Moresco7 de abril de 2017 às 13:15

    Olá!

    Realmente a educação patrimonial aproxima o estudante da disciplina com a realidade que ele vive. Os questionamentos e as inquietações tornam-se mais evidentes e próximas. O desafio quanto a educação patrimonial é: como estabelecer vínculos de interesse e preservação desses espaços para além da sala de aula?

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  16. Olá, Jaqueline.

    Seu texto é muito oportuno.

    Em se tratando dele, poderia discorrer sobre a relação entre memória e não-lugar, ou seja, como pensar o patrimônio a partir de um lugar da ausência?


    Francisca Márcia Costa de Souza

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  17. Julio Junior Moresco7 de abril de 2017 às 13:34

    Olá!

    Realmente a educação patrimonial aproxima o estudante da disciplina com a realidade que ele vive. Os questionamentos e as inquietações tornam-se mais evidentes e próximas. O desafio quanto a educação patrimonial é: como estabelecer vínculos de interesse e preservação desses espaços para além da sala de aula?

    Julio Junior Moresco

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