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Carla Surcin

O PROFESSOR DE HISTORIA E O ALUNO EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA
Carla Patrícia Ferreira Surcin
Prof. Mnt. PROFHISTORIA – UFRRJ

Introdução
Ocorrências de violência não são situações atípicas do cotidiano escolar. Seja entre alunos, entre alunos e professores ou mesmo envolvendo a direção. Há casos ainda de responsáveis de estudantes ameaçarem docentes por motivos banais.
Existe ainda uma forma de manifestação indireta da violência: a presença de um aluno, em sala de aula, que cometeu algum ato infracional e que se encontra em processo de ressocialização. Mas qual profissional da educação encontra-se preparado para lidar com este tipo de situação?Qual a condição  psicológica deste aluno? Qual o sentido do retorno à escola para ele? Essas são apenas algumas questões que este tema suscita.
Pensar a convivência do professor com o aluno em cumprimento de medida socioeducativa requer entendimento legislativo, capacitação teórica e capacidade de enxergar o outro de forma sensível. Assim, o presente artigo pretende contribuir para o debate acerca do tema em ambiente escolar, em especial focando a atuação do docente de história.

Desenvolvimento
Quando um jovem, entre doze anos de idade incompletos e dezoito anos, comete algum tipo de delito o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), determina que haja um processo de responsabilização que parte de uma concepção educativa para promover a reinserção dos jovens na sociedade. Assim, aplica-se as medidas socioeducativas, cujo objetivo seria
(...) exercer uma influência sobre a vida do adolescente, contribuindo para a construção de sua identidade, de modo a favorecer a elaboração de um projeto de vida, o seu pertencimento social e o respeito as diversidades (SINASE, p.60)
Porém, a aplicação das leis está muito aquém do prescrito. E desse distanciamento entre a lei e a realidade, visões sobre os mesmos como “delinquentes” e “marginais” se perpetuam e ajudam a disseminar a ideia de que “o único direito que o menor infrator deve ter é não ter direito” (BOLSONARO). O que parece existir é uma tendência a se homogeneizar os indivíduos. Celma Tavares  esclarece que,
ao classificar e assimilar esta classificação, as ideias preconcebidas sobre os indivíduos e grupos acabam abrindo espaço para que os estereótipos e os preconceitos se consolidem e gerem condutas negativas. Por outro lado, é relevante compreender que estas condutas não são automáticas nem lineares e dependem tanto de fatores pessoais como de contextos sociais e legais para se efetivarem. (...)
Para trabalhar a socialização na perspectiva de desenvolvimento de uma nova cultura que tenha o ser humano e sua dignidade como foco e que prime pela construção de uma sociedade inclusiva, é necessário abrir o campo perceptivo do educador e reeducar essa percepção de forma a despertar o interesse e a crítica diante dos acontecimentos. (TAVARES, p.493)
Existe um longo caminho a se percorrer até que se forme uma memória coletiva que não coloque estes jovens na categoria “menor”, que desumaniza, inferioriza e naturaliza a exclusão e que “torna-se simultaneamente radical e inexistente, uma vez que seres sub-humanos não são considerados sequer candidatos à inclusão social”. (SANTOS, 2007, p.9)
Retirar os jovens em conflito com a lei da margem da sociedade e possibilitar uma real oportunidade de ressocialização, entendendo-os como produtos de uma sociedade excludente e respeitando-os como cidadãos é urgente. E a escola possui um importante papel para que ocorra a emancipação e o empoderamento desses jovens. Isso porque, nos casos de liberdade assistida e semiliberdade, há determinação do retorno à sala de aula e vislumbra-se a possibilidade de conscientização desses indivíduos. Entretanto, dotar de significado a escola é crucial uma vez que,
os adolescentes marginalizados que hoje frequentam as escolas públicas do país não veem sentido e motivos para a permanência nesse espaço que é, além de tudo, um espaço de violência moral, verbal, discriminação, preconceitos e opressão (ZANELLA, 2010, p.9)
O que requer não apenas a reflexão sobre a prática docente, como também em relação ao ambiente escolar, que muitas vezes guardam semelhanças com presídios pelas grades que cerceiam os espaços. Ou ainda quando os alunos não possuem liberdade para caminhar por todos os recintos ou pela proibição de permanecerem em suas salas sem a presença do professor com a intenção de evitar furtos ou atos de vandalismo.
A escola pode ser pensada como um lugar de memória, tanto material quanto simbólica, na qual grupos se identificam e se reconhecem.  Então, qual tipo de memória está se fortalecendo neste ambiente e como ela afeta a tentativa de ressocialização dos jovens em conflito com a lei? Assim surge a necessidade de se refletir sobre a cultura escolar, bem como o papel da educação e do docente.
A educação “pode inculcar hábitos conservadores, cultivar tendências conservadoras, acomodatícias, resignadas ou meramente pragmáticas, mas onde se pode também fortalecer disposições críticas, estimular o inconformismo e a inquietação, incentivar o desenvolvimento da capacidade questionadora” (JESUS, 2011, p.26). E que promova um processo de humanização e de educação libertadora.
E como o professor de história poderá agir dentro dessa lógica? Não se trata apenas de atuar junto aos alunos. Mas considerar que um aluno apresenta uma particularidade, que envolve violência, ausência e retorno a escola. O docente poderá optar entre dois caminhos basicamente:  buscar uma estratégia para atuar junto ao mesmo ou silencia-lo. Este silenciamento também poderá partir do próprio aluno. Silvia Salvatici esclarece que, em situações traumáticas, um tipo de “amnésia” pode ser usado como estratégia para superação da dor e convivência com outros indivíduos.
Apesar das dificuldades expostas, acredita-se que através da efetivação de um direito humano (a educação) exista a possibilidade de conscientização. Em especial a Educação em Direitos Humanos, cuja finalidade
é atuar na formação da pessoa em todas as suas dimensões a fim de contribuir ao desenvolvimento de sua condição de cidadão e cidadã, ativos na luta por seus direitos, no cumprimento de seus deveres e na fomentação de sua humanidade. (...) reconhecendo-se como sujeito autônomo e, ademais, reconhecendo o outro com iguais direitos, dentro dos preceitos de diversidade e tolerância (TAVARES, p.2)
Assim, o professor de história possui relevante papel, devendo pensar sua prática docente e qual o impacto social da profissão. Cabe ao professor auxiliar o aluno a agir de forma crítica, consciente e responsável e utilizar a escola como um espaço de debate para as questões que possibilitem a emancipação dos indivíduos, visto ser um local de socialização.

Conclusão
Descontruir o “menor” para encontrar uma “criança ou adolescente” não é tarefa fácil pois exige um olhar crítico no presente sobre o passado para se vislumbrar um futuro na ressocialização. A partir do momento em que o docente não crê nesta possibilidade, não há como desenvolver um trabalho efetivo neste sentido.
Os jovens em conflito com a lei muito novos carregarem um pesado estigma que, sem ajuda adequada, dificilmente conseguirão superar. Certamente, diversas instancias devem se mobilizar para promover a emancipação desses sujeitos. Porém, o professor de história não deve se esquivar de seu papel social. Neste sentido, deve ser capaz de desenvolver estratégias que impactem em sua pratica docente para permitir a formação de sujeitos críticos e autônomos, que consigam se desprender do estigma do “menor” e se emancipar enquanto “cidadão”.
O que pode ser possível por meio de uma educação em direitos humanos. A partir de conhecimentos sobre esta temática, desenvolve-se a capacidade de ver ao outro como ser humano, detentor de direitos e capaz de desenvolver-se. O cometimento de algum tipo de ato infracional não deve ser motivo para se decretar o fim do convívio social e a marginalização eterna.

Referências bibliográficas
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm

Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE)
https://www.mprs.mp.br/areas/infancia/arquivos/sinase.pdf

http://www2.camara.leg.br/camarnoticias/DIREITOS-HUMANOS/489099-DEPUTADO-JAIR-BOLSONARO-DIZ-QUE-REDUCAO-DA-MAIORIDADE-PENAL-VAI-PROTEGER-A-SOCIEDADE.html

DIAS, Adelaide Alves. A escola como espaço de socialização da cultura em direitos humanos. Disponível em http://www.dhnet.org.br/dados/cursos/edh/redh/04/4_3_adelaide.pdf

JESUS, Heyde Aparecida Pereira de. Educação em direitos humanos e escola pública: um caminho  a ser construído. Dissertação de Mestrado em Educação – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista – Marilia, 2011

JULIA, Dominique. A cultura escolar como objeto histórico. Revista Brasileira de História da Educação, Campinas, n.1, pag 9-44, 2001

Mapa do Encarceramento: os jovens do Brasil. Secretaria-geral da Presidência da República e Secretaria Nacional da Juventude – Brasília: Presidência da República, 2015

MORGADO, Patrícia. Praticas Pedagógicas e Saberes Docentes na Educação em Direitos Humanos, Rio de Janeiro, 2001, p.27 – Disponível em http://www.novamerica.org.br/Tese%20%Patr%C3%ADcia%20Morgado.pdf

NORA, P. “Entre memória e Historia: A problemática dos lugares” in: Projeto Historia 10. USP/SP.

SALVATICI, Silvia. “Narrativas de violência no Kosovo do pós-guerra”. Revista História Oral, v.9, n.1, 2005.

SANTOS, Boaventura de Souza. Para além do pensamento abissal: das linhas globais e uma ecologia de saberes. Revista Novos Estudos, n.79, Novembro de 2007 – pag 9-10 – Disponível em http://www.scielo.br/pdf/nec/n79/04.pdf

TAVARES, Celma. Educar em Direitos Humanos, o desafio da formação dos educadores numa perspectiva interdisciplinar. Revista Educação em Direitos Humanos: fundamentos teórico-metodológicos – pag 2 – Disponível em http://www.dhnet.org.br/dados/livros/edh/br/fundamentos/29_cap3_artigo_07.pdf

ZANELA, Maria Nilvania. Adolescente em conflito com a lei e escola: uma relação possível? Adolescência e inclusão escolar: desafios e contradições. In: Revista Brasileira Adolescência e Conflitualidade, 2010 (3): 4-11; Disponível em http://pgsskroton.com.br/seer/index.php/adolescente/article/view/239/224


24 comentários:

  1. Boa noite, Carla! Gostei muito do seu tema, pois trabalho a noite em uma escola Estadual, cujo nosso público atualmente é alto de alunos que cumprem a medida socioeducativa.Posso relatar que no começo achei que não daria conta, e que de certa forma eu não saberia trabalhar com estes alunos.Estou em aprendizagem constante,a cada dia percebo que preciso me preparar e ter a competência para saber passar algo para estes alunos.Pois bem, gostaria de saber no seu ponto de vista, qual seria um dos primeiros passos que um professor, assim como eu, poderia trabalhar de forma positiva com estes alunos em sala de aula?

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  2. Carla, como pesquisadora sobre o tema, você acredita que escola seja um caminho socioeducativo para adolescentes privados de liberdade?

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  3. Ola, Carla Danielle!
    Acredito que o primeiro passo, para se trabalhar de forma positiva com eles, seja enxergar os educandos como sujeitos de direitos. Com a sensibilização do olhar sobre o outro, ocorre um maior comprometimento do educador com seu papel social. A escola ganha relevância neste processo quando nela o jovem é acolhido e estimulado a repensar suas escolhas (um caminho que aponto é através da Educação em Direitos Humanos). Porem o que se verifica, durante o cumprimento da medida socioeducativa é uma escola dentro do sistema "fechado" (privação de liberdade) que não dialoga com a escola "normal" (meio aberto), dificultando a readaptação dos estudantes. Ou seja, ao invés de se fomentar a emancipação dos jovens e fortalecer sua identidade como cidadãos, promove-se o desestimulo a continuidade dos estudos. A escola, assim, perde sua relevância para tornar-se local de controle de frequência a ser apresentado ao juiz. Então, ao acreditar na importância da escola e na atuação do professor para que a ressocialização das crianças e adolescentes ocorra, creio que seja necessário repensar nossas praticas e na resignificação do ambiente escolar.

    Att.
    Carla Surcin

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    1. Carla Danielle da Silva4 de abril de 2017 às 18:20

      Muito obrigada, pela resposta e pelo artigo que ao meu ver, é muito relevante. Muito feliz, em saber que existem profissionais como eu, que acreditam na relevância da escola.
      Att.
      Carla Danielle da Silva

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  4. Boa noite
    Seu texto é um exemplo muito bom para a concientização da sociedade em geral a respeito do cidadão enquanto individuo inserido em um meio no qual é tão preconceituoso com pessoas que cometeram algum ato infracional.sabemos que a educação é dada pelos pais,mas a escola está sumprindo essa falta da presença familiar para com seus filhos. Portanto devemos ter em mente enquanto professor que cada individuo que comete um ato criminoso, de certa forma,pode ter lidado com a ausência da familia. Nao que esta seja uma justificativa para cometer crimes,mas a familia contribui muito para a dispersão dos seus entes. Nesse sentido, como podemos trazer a familia para dentro da escola para contribuir com a aprendizagem do seu filho?
    Atencisamente
    Maria Eridiane de Souza Silva

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    1. Muito pertinente sua observação, Leidiane.
      A responsabilidade da família é expressa na Constituição, no art. 227 “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança , ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda a forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”, bem como no ECA artigo 22,sobre os deveres dos pais: “Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais”.
      Tais determinações, no cotidiano, não são totalmente respeitadas. Então, como sugestão para a aproximação com a escola propõe-se a cobrança de participação em reuniões, eventos escolares nos quais as famílias possam ser inseridas e também o uso de tecnologia, como blogs ou paginas em redes sociais, uma vez que muitos responsáveis trabalham e não possuem condições de participar diretamente do ambiente escolar.

      Att.
      Carla Surcin

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  5. Ana dos Anjos Santos Costa4 de abril de 2017 às 16:59

    Ótimo texto e tema Carla! Gostaria levantar a questão abordada ao fim do texto sobre desenvolver uma educação com a capacidade de ver o "outro". Nesta questão podem entrar autores como Tomas Tadeu e Stuart Hall que trabalham a questão da identidade e da alteridade.

    Ana dos Anjos Santos Costa

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    1. Obrigada pela leitura e pelos seus apontamentos, Ana.

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  6. Olá Carla,
    Seu texto trouxe várias problematizações e afirmações sobre a prática docente, sobretudo a minha, trabalhei com privados de liberdade durante um ano e nunca imaginei que conseguiria, um público extremamente complexo e desafiador, pois de um lado temos nossas ideias e opiniões e do outro temos o direito e dever de dar(oferecer) educação, acredito que somente por meio desta conseguiremos reintegra-los à sociedade. A unidade que trabalhei era sucateada e sem a mínima condição de funcionamento, assim como nossas escolas.

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    1. Obrigada pela participacao, Karoline.
      Realmente tais alunos possuem particularidades desafiadoras para nos, professoras. Enfrentar a triste realidade em que vivemos, com condicoes precarias de trabalho, exige um enorme comprometimento com nosso papel social. Que consigamos desenvolver uma "educacao libertadora",conforme aponta Paulo Freire.

      Att.
      Carla Surcin

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  7. Mauren Vieira Benincá5 de abril de 2017 às 15:27

    Felicito pelo excelente artigo Carla. Como testemunho próprio, eu sou professora em uma escola na periferia de minha cidade, e convivo com diversos alunos sob essas circunstâncias no dia a dia. Dito isto, há um percepção em geral de que o menor nesta condição é indesejável e sua permanência no espaço escolar se dá como forma de punição, e infelizmente, percebo esse sentimento dentre os outros professores também.
    Acredito que há de ser feito uma reeducação da classe docente, e não somente da sociedade extra escolar. Pior para um aluno nessa condição não é só a descrença da sociedade em seu potencial, mas a descrença de seus próprios professores também.

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    1. Exatamente, Mauren. Por isso a importância da formação continuada dos professores e o aprofundamento na área de Direitos Humanos.

      Att.
      Carla Surcin

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  8. Na prática, No que pode mudar a perspectiva do infrator durante o aprendizado dá história? De que forma este ensino modifica a vida do jovem?

    Joyce de Araújo e Silva

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    1. Joyce,
      O ensino de historia deve ir muito alem de reproduzir conteúdos sem significado aos alunos. Acredito que, quando você contribui a conscientização deles, você esta modificando suas vidas. Acolher um jovem em cumprimento de medida socioeducativa é fundamental para que não ocorra evasão escolar e o retorno ao mundo do crime, por exemplo. Nao ha uma formula simples para resolver um problema tao complexa, que envolve desde a atuação da família ate politicas publicas ineficientes. Enquanto professoras, temos que nos comprometer com tais questões e entender que diversos fatores incidem sobre este aluno.

      Att.
      Carla Surcin

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  9. Carla, meus sinceros agradecimentos pelas duvidas tiradas e pelo belíssimo texto.

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    1. Eu que agradeço sua participação.
      Obrigada
      Carla Surcin

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  10. No atarde esse texto é muito bom para nos onde concientiza a sociedade em geral quando falamos a respeito de nos cidadãos onde vamos estar sempre aprendendo constantemente a CADA dia e mostra q ir a educação e dada pelos os pais que os pais contribui muitopara despensao dos deus filhos.como podemos envolver os pais para concientezar eles para ajudar seus filhos?

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  11. No atarde esse texto é muito bom para nos onde concientiza a sociedade em geral quando falamos a respeito de nos cidadãos onde vamos estar sempre aprendendo constantemente a CADA dia e mostra q ir a educação e dada pelos os pais que os pais contribui muitopara despensao dos deus filhos.como podemos envolver os pais para concientezar eles para ajudar seus filhos?

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    1. Boa tarde,

      Conforme discutido com a Leidiane anteriormente, o envolvimento das responsáveis é importante neste processo. Nao é possível pensar em uma unica solução, envolvendo apenas professores. Devemos cobrar o envolvimento não apenas da família, como também dos órgãos governamentais. Em um esforço conjunto, as possibilidades de efetivação dos objetivos das medidas socioeducativas podem ter resultados profícuos.

      Att.
      Carla Surcin

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  12. É na tentativa de se entender melhor o presente e compreender de que forma tudo aconteceu que o passado ganha significado. Por base nisso, Carla, Como orientar o individuo em sua fase inicial de vida para que o mesmo faça relação com seu contexto de vivido - tanto em casa como na escola- para que possa ter um desenvolvimento sociocultural onde a empatia seja fator preponderante em seu futuro como cidadão?

    Ass.: Ingrid Ribeiro de Oliveira

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  13. Ola, Ingrid! Obrigada pela observacao. Acredito que a sensibilizacao dos alunos seja o melhor caminho a se percorrer. Trabalhar questoes relativas aos Direitos Humanos, que vao muito alem da violencia sempre tao destacada. A Educacao em Direitos Humanos ressalta como a reciprocidade torna-se essencial para o desenvolvimento de trabalhos nesta area. Assim, ao orientar com respeito, amor e educacao, se estimula respostas da mesma forma, criando uma "cultura" em Direitos Humanos que possam ser praticadas e replicadas.

    Att.
    Carla Surcin

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  14. Olá, Carla! Parabéns pelo seu trabalho! Acredito que você abordou um ponto muito sensível na prática docente brasileira, pois envolve questões como medo e violência que afloram no cotidiano de professores e professoras. Reflexões como esta são mais do que necessárias, sobretudo no momento atual de extremo conservadorismo e restrição de direitos duramente conquistados. A minha pergunta a você é a seguinte: como órgãos internacionais,como a UNESCO e a UNICEF, se posicionam sobre a questão dx alunx em medida socioeducativa no ambiente escolar? Pode ser ignorância da minha parte, mas nos documentos e acordos promovidos por essas instituições da ONU ou outros órgãos internacionais, pouco se fala a respeito dessxs jovens? A segunda pergunta: você teria alguma sugestão de projeto pedagógico ou atividade a ser trabalhada nas aulas de história e que pudesse ajudar na reintegração dessxs estudantes?

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  15. Boa noite, Carla!

    Parabéns pelo seu texto!
    Bom encontrar palavras com as quais nos identificamos, como "não é uma tarefa fácil", dentro dessa profissão de quem realmente assume ela com sua total responsabilidade.
    Mas, sinto muitas vezes, que nós, professoras e professores, somos os que incentivam e buscam realmente "salvar" estas crianças e tentamos mostrar que o mundo pode ser diferente, pode ser melhor, enquanto da parte pública, não há interesse sobre isso.
    Gostaria de saber qual seu sentimento sobre tais vivências.

    Grata,
    Helayne Cândido.

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