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Bruna Marino

ENSINO DE HISTÓRIA E TECNOLOGIA: NOVOS DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI
Bruna Carolina Marino Rodrigues
Mestrado em História Social UEL

Introdução
Com o desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação (TICs) e a configuração de redes virtuais de interação global (CASTELLS, 2012) novos desafios e problemáticas foram sendo incorporadas às discussões que envolvem o fomento da qualidade da educação brasileira. Das expectativas às frustações da inserção da tecnologia na educação, atualmente há um consenso entre poder público, educadores e pesquisadores que não podemos mais negar que ela faz parte do cotidiano escolar. Crianças e jovens compartilham da cultura digital nos corredores das escolas e fora delas, os professores também recorrem à internet para fazerem suas pesquisas, buscarem conteúdos, interagirem e compartilharem conhecimentos.
 Para o historiador Robert Darnton (2010) uma das questões centrais para se discutir a relação tecnologia e educação são os rumos da democratização do conhecimento e o seu livre acesso, pois, empresas como Google estão criando formas de mercantilização do conhecimento e monopólio da informação. Na contramão desse processo, cresce o movimento pelo acesso livre e Educação Aberta que buscam fomentar ações para alternativas sustentáveis na produção e compartilhamento do conhecimento, enxergando-o como um bem público da humanidade (ROSSINI, 2010).
Neste sentido, o objetivo desse trabalho é refletir sobre os desafios de se pensar a tecnologia no ensino de história discutindo seus limites e possibilidades, pois, com a entrada da História na cultura digital, modificações estão acontecendo na produção e recepção do seu discurso, e, na criação de novos espaços para comunicação entre historiadores e o público em geral (CHARTIER, 2009). Desse modo, um dos grandes desafios para professores e pesquisadores no século XXI é lidar com essas novas formas de acesso às fontes históricas, disponibilização de milhares de documentos em suportes variados e o surgimento de novos objetos históricos na web.

A cultura digital nas escolas
Os objetos culturais produzidos pela cultura digital são uma realidade nas escolas, a virtualização do cotidiano tem criado novos espaços de sociabilidades e interação entre os indivíduos na internet (LÉVY, 1999). De acordo com a pesquisa TIC Educação 2015, 73% dos professores afirmaram utilizar o computador ou internet com os alunos para alguma atividade em aula. Outro dado importante da pesquisa TIC Kids Online Brasil 2015 evidenciou que entre as atividades mais frequentes de crianças e adolescentes na web estão o entretenimento, a comunicação e a pesquisa escolar, sendo que 80% dos entrevistados apontaram o uso da rede para fins pedagógicos.
Os principais resultados da pesquisa TIC KIDS online Brasil evidenciou que o uso da internet por crianças e adolescentes cresce na medida em que aumentam suas experiências de uso na rede propiciando o crescimento de competências digitais. (CETIC, 2016, p.153). Os indicadores apresentados demonstram que a cultura digital e as TICs já integram o cotidiano dos agentes escolares, entretanto, muitos são os desafios de se educar na cultura digital (PRETTO, 2011) já que questões como infraestrutura, falta de apoio pedagógico e motivacional para os docentes e de discussões que estejam em sinergia com a realidade dos professores e alunos limitam as potencialidades da utilização da tecnologia em ambiente escolar.

História Pública e Digital, REA e Educação aberta: novos caminhos para se pensar o ensino de história
Professores e pesquisadores de história estão criando novas formas de comunicação e compartilhamento das informações. Com o avanço da internet as redes virtuais de comunicação entre professores, pesquisadores e o público configuraram-se como espaços legítimos de trocas de saberes e de produção colaborativa do conhecimento histórico, como por exemplo, a rede social Café História e o evento online Simpósio Eletrônico Internacional de Ensino de História (UNESPAR).
Com as mídias sociais novas perspectivas foram incorporadas ao saberes e fazeres dos professores e pesquisadores de história. A digitalização dos documentos históricos e as plataformas digitais têm contribuído para este debate. As bibliotecas e repositórios digitais tem possibilitado que professores tenham acessos a variados tipos de recursos com grande potencial a ser explorado na aprendizagem, a exemplo: Biblioteca Brasiliana/USP, Portal do Professor, Arquivo Nacional e Domínio Público. Logo, essas discussões podem ser aprofundadas pelos estudos da História Pública e Digital, nos orientando a pensar sobre as relações entre conhecimento histórico e tecnologia, isto é, sobre as representações do passado no espaço virtual e o papel do ensino de história no debate contemporâneo dos usos políticos e sociais das narrativas históricas (SILVA, 2016).
Segundo Silva (2016, p.16) as reflexões atuais sobre a História Pública têm estimulado professores e pesquisadores de história a discutirem sobre como as representações do passado circulam no espaço público. Segundo Carvalho (2016), as discussões sobre História Pública tem se consolidado há 40 anos em diversos lugares como na Inglaterra, Estados Unidos, África do Sul, Canadá e Nova Zelândia. Atualmente, a internet e a História digital têm fomentado novas possibilidades para História Pública, a exemplo, questões como a multiplicação dos meios de divulgação e de representação da história pelos meios de comunicação, incluindo os usos e apropriações da História por diversos tipos de leitores.
De acordo com Lucchesi (2014), foi na década de 1990, com o desenvolvimento das TICs e o avanço da internet, que muitos historiadores ao redor do mundo começaram a pensar sobre o papel das TICs na produção e disseminação do conhecimento histórico e no seu ensino. Neste contexto, emergiram debates sobre a História Digital nos Estados Unidos com a Digital History, na Itália como Storiografia Digitale. No Brasil, a História Pública e Digital tem ganhado espaço nos últimos anos, destacando-se com discussões, publicações e eventos que buscam tratar de três dimensões: ensino, pesquisa e divulgação da História na cultura digital. Além disso, busca aproximar o público dos processos de construção da História (CARVALHO, 2014; 2016).
Neste cenário, as pessoas não estão mais sujeitas a serem somente leitores ou observadores de conteúdo, já que a internet permitiu uma ampla participação da população redefinindo seu locus de criação (ROSSINI, 2010). Novos modos de se pensar a educação surgem buscando a liberdade do conhecimento, o compartilhamento das ideias, da cultura da transparência e que, em sinergia com a filosofia dos Recursos Educacionais Abertos (REA) e da Educação Aberta, podem contribuir para com novas perspectivas para o ensino de história.
O Projeto Brasileiro sobre Recursos Educacionais Abertos tem início em 2008 adequando às discussões internacionais sobre REA e Educação Aberta ao contexto brasileiro. Atualmente, os REA foram incluídos no Plano Nacional da Educação (2014-2020), além de fomentarem debates nacionais pelo acesso público a materiais educacionais, modelos abertos de negócios e questões que envolvem o nicho mercadológico dos livros didáticos e nos direitos autorais no Brasil, pois, mesmo sendo distribuídos gratuitamente nas escolas, o uso e replicação desses materiais são de propriedade das editoras. Por isso, oconceito de REA é definido como “materiais de ensino, aprendizagem e pesquisa veiculados em qualquer suporte ou mídia, que estejam sob domínio público ou licenciado de maneira aberta por licenças de direito autoral livres, que permitam o uso e remix sem restrição” (ROSSINI; GONZALES, 2012, p.39).
Imaginemos então, que os materiais didáticos elaborados pelos professores ao longo dos seus anos de profissão, as produções dos seus alunos e o planejamento de suas aulas, que raramente são vistos como valiosas, fossem pensadas pela riqueza da sua produção e utilidade, os professores teriam ao alcance um vasto material de qualidade sem restrição de uso (AMIEL, 2014). Assim, a ideia do remix não busca simplesmente copiar o original para benefício próprio, é um reconhecimento do trabalho dos autores originais, quando damos crédito aos autores, honra-se o seu trabalho, ao estudá-lo com profundidade, incorporando a sua influência e reconhecendo publicamente essa associação (AMIEL; DURAN, 2015, p.79).
Por isso, um dos objetivos do REA e da Educação Aberta é contribuir para a “transformação da aprendizagem escolar, pois, o aberto se opõe a receitas prontas. O convite para o aberto dos recursos educacionais é oferecer nossas ideias e de nossos alunos para enriquecer materiais e compartilhar nossos conhecimentos para que pessoas possam se inspirar” (STAROBINAS, 2012, p.122).  Assim, colocar em debate esse tema é estimular que professores de história produzam e compartilhem suas experiências na internet produzindo um ciclo de colaboração entre seus pares, possibilitando que seus alunos tornem-se protagonistas do processo de ensino e aprendizagem fomentando novas práticas pedagógicas com uso da tecnologia.

Conclusão
Pensar alternativas sustentáveis para a educação no século XXI é compreender questões que envolvem formação inicial e continuada dos professores, métodos de ensino e aprendizagem que envolvam as ideias dos formatos abertos e do livre acesso ao conhecimento e de mecanismos que favoreçam as potencialidades da cultura digital em ambiente escolar. Iniciativas promissoras estão crescendo no Brasil como o REA-Paraná e o portal EduCapes que buscam promover a ideia de produção colaborativa e liberdade para o conhecimento. Destaca-se neste contexto, a importância da valorização dos professores nesse processo e na adequação de suas realidades e a de seus alunos para o desenvolvimento de competências digitais. Dessa forma, a História Pública e Digital tem o potencial de oferecer subsídios valiosos para se pensar a relação entre ensino de história, tecnologia, cultura digital, espaço público e às novas formas de acesso, recepção e produção do conhecimento histórico. Por fim, mais do que construir certezas esse texto buscou provocar reflexões sobre o impacto da tecnologia nos saberes e fazeres de professores e pesquisadores de história.

Referências Bibliográficas
AMIEL, Tel. Recursos Educacionais Abertos: uma análise a partir do livro didático de História. Revista História Hoje, n.5, 2014.
AMIEL, Tel; DURAN, Maria Renata da Cruz.  Desafios do trabalho com recursos educacionais abertos na formação inicial docente. Em Rede Revista de Educação a Distância, v.2, n.2, 2015.
BITTENCOURT, Circe Maria F. Ensino de História: fundamentos e métodos.4° ed. São Paulo. Cortez, 2012.
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede.6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2012, v.1.
CARVALHO, Bruno Leal Pastor De. Faça aqui o seu login: os historiadores, os computadores e as redes sociais online. Revista História Hoje, n.5, 2014.
CARVALHO, Bruno Leal Pastor De.  História pública e redes sociais na internet: elementos iniciais para um debate contemporâneo.  Transversos: Revista de História. Rio de Janeiro, v. 07, n. 07, set. 2016.
CERRI, Luis Fernando. Ensino de História e Consciência Histórica. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011.
CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Editora UNESP, 2009.
COMITÊ GESTOR DA INTERNET NO BRASIL – CGI.br. Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas brasileiras: TIC Educação 2015.Coord. Alexandre F. Barbosa. São Paulo: CGI.br, 2016. Disponível em: http://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/TIC_Edu_2015_LIVRO_ELETRONICO.pdf. Acesso:  25 de janeiro de 2017.
COMITÊ GESTOR DA INTERNET NO BRASIL – CGI.br. Pesquisa sobre o uso da internet por crianças e adolescente- TIC Kids Online 2015. Coord. Alexandre F. Barbosa. São Paulo: CGI.br, 2016. Disponível em: http://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/TIC_Kids_2015_LIVRO_ELETRONICO.pdf. Acesso:  25 de janeiro de 2017.
DARNTON, Robert. A questão dos livros: presente, passado e futuro.. São Paulo: Companhia das Letras, 2010,
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed.34,1999.
LUCCHESI, Anita. Por um debate sobre História e Historiografia Digital. Boletim Historiar, n.2,2014.
PRETTO, Nelson de Luca. O desafio de educar na era digital: educações. Revista Portuguesa de Educação,vol,24,2011.  
ROSSINI, Carolina. Aprendizagem digital, recursos educacionais abertos e cidadania. In: Cidadania e Redes Sociais. Organizador: Sergio Amadeu Silveira.1° ed- São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil: Maracá – Educação e Tecnologias,2010. 
ROSSINI, Carolina; Gonzalez Cristiana. REA: o debate em política pública e as oportunidades para o mercado. In: Recursos Educacionais Abertos, práticas colaborativas e políticas públicas. Organizadores: Bianca Santana; Carolina Rossini e Nelson De Luca Pretto Editora: EDUFBA. São Paulo/Salvador, 2012.
SANTOS, Andreia Inamorato dos. Recursos educacionais abertos no Brasil: o estado da arte, desafios e perspectivas para o desenvolvimento e inovação. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2013.
SILVA, Daniel Pinha.  Ampliação e veto ao debate público na escola: história pública, ensino de história e o projeto “escola sem partido”. Transversos: Revista de História. Rio de Janeiro, v. 07, n. 07, set. 2016.
STAROBINAS, Lilian. REA na educação básica: a colaboração como estratégia de enriquecimento dos processos de ensino e aprendizagem. In:In: Recursos Educacionais Abertos, práticas colaborativas e políticas públicas.Organizadores: Bianca Santana; Carolina Rossini e Nelson De Luca Pretto Editora: EDUFBA. São Paulo/Salvador, 2012.

39 comentários:

  1. Com o surgimento de tantas tecnologias, qual a melhor forma de interação com alunos, através do uso de mídias, em sala de aula. Já que hoje em dia o aluno pode acessar tudo de casa.
    Adriano da Silva

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  2. Olá Adriano, bom dia ! Acredito que com as tecnologias digitais podemos ter inúmeras possibilidades de aprendizagens com nossos alunos, sobretudo porque eles estão conectados diariamente, fazendo parte do seu universo social. Entretanto, elas podem ser um fator de limitação se olharmos para as tecnologias digitais como simples ferramentas, assim devemos problematiza-las e questioná-las. Neste caso, se vamos utilizar, por exemplo, uma ferramenta wiki de colaboração no qual os alunos vão construir o conhecimento em conjunto temos que nos situar sobre a relação desses alunos com essa tecnologia, e, nos questionarmos sobre como esse recurso favorece a aprendizagem em História, para assim percorrermos em conjunto com eles o caminho para a aprendizagem significativa. Certamente, hoje os alunos estão diante de um turbilhão de informações, por isso é de suma importância na minha opinião, que os professores ensinem caminhos para que os alunos chequem as informações e utilizem as tecnologias para além das salas de aulas, estimulando o uso consciente da internet alertando-os das vantagens e desvantagens do mundo virtual. =)
    Bruna Carolina M Rodrigues

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  3. Bruna Liana Teza Canarin3 de abril de 2017 às 08:34

    Devido à evolução de meios midiáticos e com o advanço da tecnologia, a qual é maior hoje do que no inicio dos anos 2000, percebe-se que tanto no ensino secundário quanto superior há defasagem deste recurso para uma aula, tanto quanto há desinteresse por parte dos discentes, talvez por não buscarem a fundo, uma pesquisa acadêmica ou algo de seu interesse que possa complementar a aula. Sou academica da UFOP e foram poucas vezes que utilizamos recursos digitais para entender um texto ou para que se faça parte do conteudo abordado.
    Gostaria de saber como fazer uma abordagem dessa para o meio academico, pois até mesmo quem inicia uma graduação, muitas vezes não usa tal recurso a seu favor.
    Bruna Liana Teza Canarin

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Oi Bruna, tudo bem? Eu tenho a mesma percepção sua em relação ao desinteresse dos alunos, particularmente do Ensino Superior. Realmente poucas vezes utilizamos ou produzimos algum recurso na web, acredito que a universidade tem certa resistência(talvez de caráter ideológico ou da própria política institucional das universidades) em utilizar a tecnologia para produzir o conhecimento mesmo ela sendo uma realidade em sala de aula.
      Na minha opinião primeiro teríamos que ter uma conscientização na universidade da utilização desses recursos digitais, ou seja, os professores universitários precisam participar e contribuir com esse novo universo, no caso, ocupar esse ciberespaço e refletir sobre a ressignificação das práticas dos historiadores na contemporaneidade. Assim, uma maneira de utilizar a tecnologia como aliada está no blended learning (ensino híbrido) que aproveita as possibilidades do ensino presencial e as do ambiente virtual utilizando o moodle ou compartilhando materiais pelo google drive, enfim há inúmeras possibilidades com os recursos hoje disponíveis.
      Segundo nós enquanto alunos da graduação também devemos refletir sobre as questões que circundam nosso tempo presente e começar a rever nossos conceitos em relação a tecnologia e perceber como ela pode nos auxiliar na compreensão e na própria produção do conhecimento. Acredito que na maioria das vezes utilizamos um recurso mais não temos consciência das suas potencialidades, a exemplo, um texto clássico muito difícil que você lê umas 10 vezes mais não entende, daí você abri uma página na internet entra no youtube e encontra um professor palestrando sobre o assunto e daí já começa a clarear seus pensamentos. Bom essa é uma maneira de utilizar um recurso mais de maneira informal.
      Sobre os recursos educacionais abertos acredito que estamos caminhando para uma mudança significativa e que vai estimular cada vez mais o compartilhamento de materiais didáticos com licenças abertas que possibilitem o remix e que vão auxiliar muitos professores. Por isso que cabe a nós disseminarmos a ideia de que o conhecimento é livre, é um bem da humanidade!

      Bruna Carolina M. Rodrigues

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  4. Olá Bruna, tudo bem?
    Fiquei interessado no seu texto e gostaria de saber se ele surgiu da sua pesquisa de mestrado. Faço mestrado na UEL também e sinto falta das discussões a respeito de História Digital, História Pública e cultura digital (com seus REAs e OEDs).
    Abraços!
    Rui Dias

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  5. Olá Rui, eu vou bem e você ? Então logo nos encontraremos pelos corredores da UEL.
    Sim em partes ela surgiu do meu objeto de pesquisa para o mestrado, sobretudo, em relação a História Pública e Digital e a cultura digital, estou me aventurando agora nas leituras e cada vez mais me encanto com essa temática. Compartilho com você também dessa falta de discussão, durante a graduação quase nunca ouvi falar e não havia nenhuma disciplina que discutisse essas questões da entrada da História na textualidade eletrônica e todas suas implicações. Já, os estudos sobre Educação Aberta e REA já me acompanham desde 2012, quando eu tive contato pela primeira vez com os ideais do movimento em uma disciplina ofertada pela Professora Maria Renata Duran e foi muito interessante e de enriquecimento. Eu gosto muito da ideia do livre compartilhamento e do uso consciente dos materiais didáticos, enfim, de pensar em como utilizar essa imensidão de materiais didáticos disponíveis na web de uma maneira aberta e sustentável, possibilitando que os alunos também tenham essa autonomia e consciência no uso das informações disponíveis na internet. Até mais, nós vemos pela UEL e bora compartilhar conhecimentos =)
    Abraços,
    Bruna C M Rodrigues

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    1. Que legal que você conhece a Maria Renata, tive um disciplina com ela ano passado que foi muito boa. Você vai fazer a disciplina da Márcia Tete agora?
      Abraços,
      Rui

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    2. Oi Rui, boa noite. Vou fazer essa matéria, que legal =)
      Então nos encontramos por lá.
      Abraços,
      Bruna

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  6. Olá Bruna, muito interessante sua pesquisa, no entanto, de acordo com tais práticas e programas bem versus a realidade prática das escolas públicas as quais não fornecem ,na maioria das vezes, condições estruturais para esse tipo de tecnologia. Na sua opinião quais caminhos para esse tipo de problema que é estrutural?

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    1. Olá Andrea tudo bem? Realmente a questão da infraestrutura nas escolas públicas para o acesso as TICs é muito complexa, sobretudo, pelos altos índices de desigualdades existentes no Brasil. Para você ter uma ideia no TCC eu pesquisei como foi o desenvolvimento das TICs nas Universidades e então busquei entender esse histórico no Brasil e para você ter uma ideia as disparidades regionais e socioeconômicas de acesso a banda larga de qualidade e a computadores ainda são enormes. ´
      Concordo com você sem estrutura de qualidade como banda larga com wifi disponível para as escolas, computadores funcionando não só apenas nos laboratórios de informática, técnicos que auxiliem os docentes e sem cursos de formação continuada não propiciam um ambiente para o desenvolvimento de competências digitais. É uma rede de colaboração e formação grande e que custa dinheiro e que na maioria das vezes o poder público não investe ou não que manter funcionando programas de formação ou manutenção de computadores por questões políticas, o que é um absurdo. Talvez seja até utópico mais eu penso em um novo modelo de economia, colaborativa com a participação de todos, bom se na sua comunidade tem um técnico ele pode fazer manutenção nos computadores e se algum professor quer ensinar ele se propõe uma oficina. Outra questão na minha opinião é que as empresas de telecomunicações ganham muito e investem pouco, então seria interessante elas investirem na manutenção e melhoria da banda larga nas escolas com parceria do poder público. Espero que o poder público tenha mais poder de ação nessas questões.
      Abraços,

      Bruna C M Rodrigues

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  7. Gleison Carlos Souza de Morais3 de abril de 2017 às 19:17

    O professor na atualidade está apto para esses desafios que se configuram no uso das novas tecnologias no ensino de História?

    Gleison Carlos.

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  8. Olá Gleison, tudo blz?
    Acredito que sim, porque os professores de História já recorrem as tecnologias digitais para buscarem conhecimentos e conteúdos didáticos na web.Porém, acredito que essa nova relação entre a disciplina História, a cultura digital e a tecnologia ainda é pouco discutida nas escolas e no meio acadêmico o que gera um desconhecimento das potencialidades que a web pode oferecer. Na minha opinião os professores além de explorar os conteúdos com seus alunos devem estar preparadas para desenvolver neles competências digitais, ou seja, a leitura do mundo digital incluindo ai os questionamentos que implicam em navegar e explorar a web. De todo modo, a falta de disciplinas na formação inicial e continuada que tratem dessa relação, sobretudo nos cursos de História que problematizem a História e as ressignificações de suas práticas limitam as potencialidades a serem desenvolvidas com os recursos disponíveis na internet e com a aprendizagem por meio das tecnologias digitais.
    Abraços,
    Bruna C M Rodrigues

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  9. Olá Bruna, tudo bem? Gostei muito do seu texto. Eu sinto que apesar da tecnologia ser maravilhosa ela tem um lado perverso que é indicar para as crianças somente um caminho. Desde pequenos já possuem celular, usam computadores, jogos, TVs de última geração... você não acha que toda essa tecnologia dispersa a atenção e a contemplação ou a reflexão necessária e levam os alunos a uma única visão ou experiência sobre como aprender?

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    1. Olá Beatriz, tudo bem? Muito obrigada pela sua pergunta, contribuição e questionamentos ! Sim Beatriz, a tecnologia tem esse lado que pode ser um limitador e se não for questionada pode ser um fator problemático no futuro, sobretudo para as crianças. Porém, eu compartilho da ideia da historiadora Circe Bittencourt(2012) que observou que os meios audiovisuais, de comunicação e as tecnologias digitais geram sujeitos com novas habilidades cognitivas e com diferentes capacidades de entender o mundo. Desse modo, na minha opinião deve haver uma relação dialógica entre os modos de se aprender com a tecnologia e as práticas tradicionais de ensino e aprendizagem. Por exemplo, para a alfabetização das crianças devemos estimular a elaboração de textos para o desenvolvimento da escrita e intelectual dos alunos ao mesmo tempo que podemos articular essa prática com a escrita de um texto por uma ferramenta digital. Acredito que não precisamos substituir um meio de aprendizagem por outro, mais trabalharmos em conjunto com eles. Espero ter respondido sua questão !!!
      Abraços,
      Bruna C M Rodrigues

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  10. Olá Bruna, eu de novo! Mais uma pergunta que também é uma reflexão. Não dou aula há alguns anos, pois estou cuidando só do doutorado. Em uma das últimas turmas que tive, de ensino superior, criei um blog e uma webquest sobre os assuntos que tratávamos em uma disciplina, tudo explicado, conceitualizado, contextualizado e a maioria dos alunos rejeitou totalmente o uso das ferramentas. Ora era porque não tinham tempo de acessar, ora era porque queriam fazer tudo em sala de aula, poucos não gostavam de tecnologias diferenciadas... enfim, não deu certo, apesar do meu esforço e do apoio da universidade. Por que essa rejeição, na sua opinião?

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    1. Oi Beatriz =). Que experiência bacana com o uso das tecnologias digitais com discentes do ensino superior e com apoio da universidade. Olha eu tenho um relato muito parecido com o seu, aconteceu em 2014 em uma disciplina durante a graduação. A professora tentou inovar na disciplina com a utilização das tecnologias digitais por meio do ensino hibrido, entretanto, apesar dos seus esforços em situar os alunos da importância de se refletir sobre as mídias digitais ela foi praticamente ignorada. Essa recusa dos meus colegas foi um estalo para eu me aproximar e querer pesquisar esse universo. No meu caso, aconteceu que a tecnologia era um desafio assustador para os discentes, além do mais, havia um desconhecimento por parte dos discentes que a tecnologia podia ser meio para se aprender e construir o conhecimento. Eu cheguei a conclusão que utilizamos as tecnologias no dia-a-dia mais não aproveitamos suas potencialidades para a educação, já que para trabalharmos com elas temos que nos alfabetizar nesse universo(literacia digital) para o desenvolvimento das competência digitais. Na minha opinião creio que também há na área de humanas uma visão que distância os alunos da tecnologia já que ela passa desapercebida em algumas discussões teóricas e metodológicas, dificultando que os discentes também as incorporem em seus estudos. Com isso, acredito que os discentes preferem continuar com suas práticas de estudos do que recorrer a outros meios para se explorar as informações e produzir conhecimentos.
      Abraços,
      Bruna C M Rodrigues

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  11. Desculpe, não assinei!
    Beatriz Pinheiro da Guia

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  12. OI Bruna Boa tarde! gostaria de saber sua opinião acerca dos riscos do uso de fontes que podem ser ajustadas e modificadas por qualquer pessoa, como artigos do wikipédia por exemplo, deveriamos excluir totalmente essas fontes? ou fazer um exame acerca da confiabilidade de cada artigo? e mais uma pergunta deveriamos aceitar trabalhos de alunos que utilizaram essas fontes?
    Davis Alves dos Santos

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    1. Olá Davis, bom dia ! Muito obrigado pela sua contribuição.
      Acredito que essa questão colocada por você é muito importante, sobretudo, porque esse "oceano" de informações no qual a web nos proporcionou traz implicações que devem ser debatidas por nós professores-historiadores, além disso, saber verificar sua qualidade é muito importante. Na minha opinião acredito que podemos utilizar artigos que tem no Wikipédia já que se você for pesquisar o site tem artigos excelentes e também constrói critérios para ter qualidade, a exemplo, o Wikipédia tem um recurso para que as pessoas verifiquem a qualidade das páginas classificando-as, segue : (https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Artigos_bons).
      Eu particularmente, gosto muito da ideia da Wiki que é a criação de conteúdo por várias pessoas que mesclam suas ideias, é legal também estimular nos alunos a participação coletiva na construção do conhecimento com esse recurso. Mas, é muito importante fazer um exame da confiabilidade desses artigos com os próprios alunos criando ferramentas para que eles tenham autonomia de verificar a qualidade das informações na web. Bom, acredito que sim devemos considerar esses trabalhos, é claro que devemos estar conscientes do tipo de avaliação que queremos e conscientizar esses alunos sobre as implicações do uso dos conteúdos da internet como a veracidade, qualidade. Enfim são muitas as questões e nós temos que estar preparados para enfrentar em sala de aula.
      Segue uma entrevista muito boa, com uma historiadora que utiliza a Wikipédia : (http://www.arede.inf.br/a-wikipedia-muda-a-perspectiva-do-aprendizado/)
      Abraços,
      Bruna C M Rodrigues

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  13. Olá Bruna,
    Bem, gostei muito do seu texto. Gostaria de saber sua opinião sobre os malefícios que a tecnologia pode trazer a alunos com o uso inapropriado delas.Quem você acha que deveria tomar a "frente" desta questão do uso certo x errado das tecnologias entre os alunos, tendo em vista que nem sempre os professores às dominam?

    Att,
    Wiliana Maiara do Nascimento

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    1. Olá Wiliana, muito obrigada pela sua contribuição no debate!
      Acredito que a questão está na maneira como utilizamos a tecnologia, isto é, ela pode oferecer aos alunos meios inovadoras de aprendizagem, mas também pode contribuir para uma aula em que apenas reproduziremos o conteúdo. Por isso, na minha opinião o problema esta em como usamos essa tecnologia e qual o sentido que vamos utilizá-la para que o aluno aprenda sobre determinado tema. Assim, podemos correr o risco de utilizar o celular em sala de aula e a maioria dos alunos continuarem percebendo a tecnologia como diversão, então, a sua utilização deve ter um propósito elucidativo para os alunos. Eu particularmente, penso que devemos utilizar a tecnologia nas aulas e também outros recursos, a exemplo, eu uso uma fonte retirada de um repositório digital, mais também peço que os alunos usem uma literatura impressa para a análise de uma fonte histórica, assim, não estamos abandonando nenhum método em detrimento de outro. Em relação a "tomar a frente" creio que o poder público tem que construir políticas públicas que incentivem o uso da tecnologia por professores e que garantam a sua formação e que esteja em sinergia com as realidades dos alunos e professores de determinada escola, já que não basta simplesmente ter um laboratório de informática na escola se a comunidade escolar não o utiliza. Na minha opinião o mais importante é que os professores são os protagonistas dessas ações,pois, como observou a Pesquisa TIC EDUCAÇÃO 2015, os professores ao buscarem conteúdos e materiais didáticos na internet recorrem as experiências de outros colegas docentes que atuam em escolas. Com isso, creio ser de extrema relevância que as escolas aliadas ao poder público incentivem os docentes a fomentarem um espaço de formação e desenvolvimento das competências digitais com seus pares e que relatem suas experiências positivas e negativas em relação ao uso de tecnologia, creio que esse é um dos caminhos para compreendermos o significado da tecnologia na educação.
      Abraços ! =)
      Bruna C M Rodrigues

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  14. Boa tarde Bruna. Parabéns pelo texto, ao lê-lo surgiu uma dúvida que não sei se está inserida no livro, como posso trazer o aluno e seu celular para contribuir significativamente com a aula. Eu particularmente gosto das TICs, no processo de pesquisa de meu TCC mais de 90% de minhas fontes encontrei na hemeroteca digital e em outros sites.

    Att., Zaqueu Abreu Reis

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  15. Olá Zaqueu, estou muito feliz pelo elogio e sua contribuição neste debate! =)
    Que interessante que no seu TCC você utilizou fontes digitais, pretendo discorrer sobre este tema no mestrado e as implicações da textualidade eletrônica para os estudos históricos e a questão da preservação digital dessas fontes. Você tem razão não discorri especificamente nesse texto sobre o uso do celular, mas pelas leituras que já fiz e reportagens e palestras sobre o assunto a grande tendência na aprendizagem é o mobile learning( aprendizagem pelo celular), sobretudo, pelas funcionalidades de um Smartphone. Eu já integrei o PIBID Historia da UEL e em uma das minhas observações achei incrível o uso que a professora fazia do celular, pois, ele era um guia para o aluno se situar na temática. Então ela pedia para que os alunos pesquisassem sobre o tema, citando os sites que eles encontravam e também para compartilharem essas informações online com seus colegas, eu percebi que deu muito certo, a aula foi muito produtiva. É claro que um ou outro aluno sempre vai estar conectado nas redes sociais, mais acho que esse não é o problema. Creio ser problema maior a criminalização do uso do celular como acontece em muitos Estados e municípios brasileiros, que criam leis para impedir que o professor e os alunos utilizem o celular como um meio de se promover o conhecimento e aprendizagens inovadoras.
    Recomendo essas diretrizes da Unesco é bem legal: (http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002277/227770por.pdf)
    Reportagens bacanas sobre o tema: (http://www.arede.inf.br/celular-no-modo-escola-2/)
    (http://www.arede.inf.br/celular-em-sala-de-aula-ajuda-ou-atrapalha/)
    Espero ter respondido sua questão! Abraços
    Bruna C M Rodrigues

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  16. Texto excelente, parabéns!
    Não me vejo ensinando História sem o uso das TICs. Venho percebendo grandes avanços...
    Ainda encontro desconhecimento por parte de alguns gestores e colegas de trabalho, infelizmente.
    Que dicas você pode dá? Você percebe essa resistência, me refiro ao uso das TICs em sala de aula, nas escolas?
    Altieres Barboza da Silveira

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    1. Olá Altieres, tudo bem? Muito obrigado pela sua pergunta.
      Sim você tem razão há ainda muita resistência em relação ao uso das TICs em ambiente escolar, acredito que essa negação talvez possa estar relacionada a falta de incentivo em formação e desconhecimento das potencialidades que elas podem oferecer. Como observei no texto, as tecnologias já integram o cotidiano dos alunos, no entanto, elas estão limitadas a algumas práticas de ensino e aprendizado, ou seja, sem o trabalho adequado para que se desenvolva as competências digitais. Minha dica é a seguinte, se você utiliza a tecnologia com seus alunos e tem boas ideias mobilize seu diretor e seu coordenador pedagógico para fomentar tais práticas, espalhe experiências positivas sobre as tecnologias criando um ciclo colaborativo entre seus pares. =)
      Abraços,
      Bruna C M Rodrigues

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  17. Achei bastante interessante o texto. Já tive algumas experiências com o uso das TICs, mas existem algumas dificuldades que fazem com que o uso destas não seja tão proveitoso quanto o desejado, como o caso de falta de estrutura na escola, o desinteresse de alguns alunos e até mesmo reclamações pela falta do modelo tradicional de ensino. Como resolver essas questões ? E como direcionar a atenção do aluno ao que está sendo trabalhado em aula ?
    Caroline Zanetti Schork

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    1. Oi Caroline, tudo bem contigo?
      A falta de infraestrutura é delicada realmente, porque sem computadores funcionando, uma boa banda larga e práticas significativas de aprendizado com uso das TICs não favorecem um ensino de qualidade aos alunos. No caso do desinteresse e de que alguns alunos gostam do modelo tradicional, creio que temos que trabalhar na pluralidade de sujeitos que compõem o ambiente escolar , neste contexto, o ensino híbrido pode se tornar eficaz porque você combina práticas de ensino presencial com as do ambiente virtual. Em relação ao direcionamento da atenção dos alunos, acredito que temos que nos orientar , sobretudo, pelas narrativas que os alunos trazem, isto é, os conhecimento prévios são parte fundamental para que se construa um aprendizado que tenha significado para vida deles, assim, compreender como os alunos mobilizam determinados conhecimentos por meio da sondagem dos seus conhecimentos prévios é extrema relevância, sobretudo, quando estamos falando de tecnologia já que temos que entender como esses alunos se relacionam com as tecnologias no cotidiano para que ao utilizarmos elas possam cumprir os objetivos de aprendizagem propostos. =)
      Abraços
      Bruna C M Rodrigues

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  18. No momento atual que vivemos, onde alunos estão cercados pelas TIC´s, mesmo os de classes menos favorecidas, já que o celular é uma realidade, aliar o ensino de história com essas novas tecnologias é fundamental para o ensino e aprendizagem. Eu gostaria de saber como se pode fazer uma ligação entre as avaliações obrigatórias nas escolas, com as redes sociais?

    Bruno Amorim Pantoja

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    1. Olá Bruno, bom dia!
      As redes sociais sempre são vistas com certa desconfiança pelos professores, já que os alunos se dispersam quando estão em sala de aula e conectados a elas. Acredito que podemos utiliza-las como um meio avaliativo sim, porém, cabe ao professor estabelecer os critérios de seu uso. Por exemplo, o professor pode criar um grupo no Facebook e acompanhar por ele como os alunos vão desenvolver determinada atividade proposta, ou, mesmo utilizar a própria rede como meio para que os alunos explorem determinado conteúdo verificando a veracidade e qualidade das informações. Na minha opinião é muito importante utilizar as redes sociais com os alunos, isto porque, com seu uso podemos construir com os alunos caminhos para que utilizem as informações da web com consciência. =)
      Abraços,
      Bruna C M Rodrigues

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  19. Olá ótimo texto!
    De fato hoje é praticamente impossível desenvolvimento de uma educação que exclua o uso das tecnologias. Mas os pontos são somente positivos ou se pode perceber pontos negativos no uso das mídias as na educação?


    Kédna Pinheiro Vieira

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  20. Olá Kédna, tudo bem?
    Acredito que nem tudo é positivo já que a tecnologia não é a “salvadora” da educação, então corremos riscos quando propomos alguma atividade para os alunos com elas. Entre eles estão que os alunos ignorem o seu uso para o aprendizado ou nós enquanto professores acreditar que estamos inovando com o uso das tecnologias digitais mais na verdade só estar reforçando antigas práticas de reprodução de conteúdo. Portanto, acredito que uma formação de qualidade e a busca de conhecimentos e experiências sobre este assunto para nosso aperfeiçoamento é primordial para que assim nós professores estar conscientes do usos da tecnologias em ambiente escolar. =)
    Abraços,
    Bruna C M Rodrigues

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  21. Oi!
    Seu texto é espetacular! as mídias e tecnologias estão com tudo no nosso século, porém ainda há escolas sem infraestrutura para tanto, e outra há professores que não se utilizam delas de maneira correta. Você tem alguma ideia de como nós professores devemos escolher e que momento escolher para utilizar determinadas tecnologias sem tornar as aulas uma coisa muito tecnológica?
    Ana Letícia Pasquali Kziozek

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  22. Oi!
    Seu texto é espetacular! as mídias e tecnologias estão com tudo no nosso século, porém ainda há escolas sem infraestrutura para tanto, e outra há professores que não se utilizam delas de maneira correta. Você tem alguma ideia de como nós professores devemos escolher e que momento escolher para utilizar determinadas tecnologias sem tornar as aulas uma coisa muito tecnológica?
    Ana Letícia Pasquali Kziozek

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  23. Olá Anna, muito obrigada a você pela contribuição no debate! =)
    Acredito que primeiramente o professor deve estabelecer os objetivos da utilização das tecnologias digitais e em que sentido ela vai favorecer a aprendizagem dos alunos sobre determinado conteúdo. Neste caso, é importante sondar qual a relação que os alunos tem com as mídias sociais e sua utilização cotidiana. É claro que devemos propiciar um ambiente favorável que estimule os alunos a adotarem as tecnologias como meios de se construírem o conhecimento para além da diversão e entretenimento. Em relação a questão das aulas muito tecnológicas, creio que devemos estimular o ensino híbrido no qual não substituímos um recurso em detrimento do outro, mais estabelecemos uma relação reciproca entre eles.

    Abraços,
    Bruna C M Rodrigues

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  24. Boa tarde Bruna Carolina,
    Inicialmente, Parabéns pelo Texto! Ele é salutar na medida que nos convida a fazermos uma reflexão, em particular, o processo de ensino-história-tecnologia. Pois bem! Sabemos que nossas Universidades ainda necessitam de boas instalações no que tange, em particular, a laboratórios de informática para que os graduandos possam vivência a prática, para assim posterior, junto com seus alunos vivenciarem essa realidade. Contudo, além da precariedade das IES, ainda contamos com professores universitários ainda resistentes da importância da tecnologia no ensino aprendizagem. Assim sendo, gostaria de saber, por favor, como ver essas resistências por parte dos professores das universidades, bem como essa precariedade de laboratórios para que possamos vivenciar de perto a tecnologia?
    Att,
    Francisco Antonio Sousa Soares

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  25. Olá Francisco, tudo bem? Muito obrigada pela pergunta e por contribuir com o debate!

    Acredito que as resistências que encontramos nas Universidades estão relacionada a visão que foi sendo construída sobre a tecnologia no meio acadêmico, sobretudo, no final da década de 1990 com a proliferação de curso em Educação a Distância e que reacendeu o debate sobre a qualidade dos cursos em EaD e sobre a eficácia das tecnologias digitais na aprendizagem dos alunos de graduação. Com isso, em minha opinião criou-se barreiras entre os professores que não acompanharam as mudanças na própria EaD e nas tecnologias digitais. Há também a questão geracional os alunos hoje buscam informações e socializam por meio desses artefatos tecnológicos como computador e celulares. Por conseguinte, creio que as Universidades devem investir em formação para o uso de tecnologias em ambiente universitários, sobretudo, porque elas são uma realidade no meio acadêmico. Tenho a mesma opinião que a sua sobre a precariedade dos laboratórios de informática, pois, acredito que eles deveriam integrar nossa formação pedagógica na graduação. Eu, por exemplo, certa vez fiquei sem computador e precisei utilizar o laboratório de informática da minha instituição e foi muito difícil encontrar um funcionando. Desse modo, falta uma política institucional das Universidades que coloquem esses laboratórios como centros de inovação pedagógica dessas instituições. Aliás, acredito que na maioria das Universidades temos os Laboratórios de Tecnologias Educacionais e os Núcleos de Educação a Distância e eu sempre me pergunto Francisco, qual o papel desses órgãos das universidades na formação para o uso da tecnologia e no fomento da inovação ? Essa é uma questão em aberto e que dá para discutir muito.... =)
    Espero ter respondido sua questão!
    Abraços,
    Bruna C M Rodrigues

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  26. Eu estou muito feliz com o resultado das discussões do evento, por isso, quero agradecer as pessoas que leram meu texto e puderam refletir sobre essa temática, sem essa interação não teríamos produzidos debates tão frutíferos. Acredito ser enriquecedor essa troca de informações e questionamentos em ambiente virtual e quero vê-los novamente em 2018 nessa troca de ideias. Certamente, espero que vocês compartilhem seus conhecimentos na web para que assim possamos construir um mundo livre e com respeito as diversidades de sujeitos e suas opiniões, estimulando em nossos alunos essas ideias, fomentando uma educação de qualidade e transformadora. Por fim, meus agradecimentos aos organizadores do evento e a acolhida de vocês! ;)
    Um forte abraço

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  27. Saudações!
    Hoje sabemos que o avanço da tecnologia é muito grande e que muitas pessoas tem até, digamos, um domínio maior sob outras pessoas.
    Como educadores, sabemos que os educandos tem um contato com a tecnologia muito grande e por vezes, conhecem ferramentas que o próprio educador não conhece. Em meio a isso, como trabalhar de forma que os alunos entendam que a tecnologia pode ser usada como ferramenta, como um apoio, e não como uma "solução" para as suas situações-problemas?
    Atenciosamente,
    Jacquelinne Silva Salles

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