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Aline Antunes

RELATO DE EXPERIÊNCIA: O RACISMO DEBATIDO EM AULAS DE HISTÓRIA
Aline Ferreira Antunes
Mestranda em História – PPGHIS/UFU

Este resumo expandido é um relato de experiência docente, que retrata uma atividade desenvolvida com estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental da rede pública estadual de Minas Gerais no ano de 2016, procurando atrelar a prática docente de história com as teorias discutidas ao longo da disciplina de mestrado “Estudos alternativos em História e Cultura”, vinculada ao Programa de Pós-graduação em História pela Universidade Federal de Uberlândia (PPGHIS/UFU).
Optou-se por manter o anonimato da escola e também dos/das estudantes envolvido/as no trabalho realizado, neste sentido, serão abreviados os nomes.
De acordo com os documentos jurídicos (PCN’S – Parâmetros Curriculares Nacionais e CBC-MG – Currículo Básico Comum) para os 8ºs anos é necessário uma abordagem em torno do tema “Africanos no Brasil: dominação e resistência” procurando destacar se havia escravidão na África antes da colonização dos europeus, como se deu a guerra, escravidão e o tráfico Atlântico, e, a resistência africana já no novo mundo, pensando o trabalho escravo e o tráfico negreiro, para por fim, chegar à abolição da escravidão.
Diante disto, trabalhou-se o tema II Reinado no Brasil, desde o Golpe da Maioridade (1840) que marca o início do reinado de D. Pedro II, passando pelas características políticas de luta entre partidos como o Saquarema e os Luzias, econômicas (expansão do café, da malha ferroviária), sociais e culturais, para posteriormente, tratar do tema do processo de abolição da escravidão: as leis (Bill Aberdeen, Saraiva-Cotegipe, do Ventre Livre, Áurea 1888), a situação dos negros no país à época e a atuação dos grupos que participaram do processo de abolição, bem como as teorias científicas que sustentaram o escravismo no país.
Para encerrar o conteúdo foi desenvolvido um trabalho em grupo cujo tema era “A relação passado presente através de documentos históricos –os negros no/do Brasil”. Os objetivos do trabalho proposto eram: de ser realizado em equipe, comparar diferentes culturas e reconhecerem-se como sujeitos históricos a partir da formação do estado nacional brasileiro no século XIX, por meio de um posicionamento crítico sobre o sistema escravista, procurando valorizar as formas de resistência (quilombos, sincretismo religioso), o papel dos africanos e seus descendentes como sujeitos históricos que imprimiram marcas próprias à cultura brasileira, bem como as situações diversas de racismo e preconceito presentes no Brasil atual, resultado do escravismo e das relações étnicas estabelecidas desde o século XVIII/XIX.
Para Sidiney Chalhoub (2012), a escravidão no Brasil do século XIX foi enraizada na cultura o que a naturalizou e normatizou. Com isto a liberdade se tornou algo duvidoso, suspeito. Precisou-se construir uma engrenagem para tornar invisível essa ilegalidade da escravidão e, portanto os próprios escravos. Enquanto o Estado era conivente com a classe senhorial e os tráficos ilegais.
A escravidão produziu uma maneira de distinção racial: negros eram escravos; e também uma classificação concomitantemente racial, social e econômica. Com ex-escravos não reconhecidos como livres, não incorporados à sociedade brasileira, há uma base para as causas do preconceito, ou a distinção pejorativa dos negros no Brasil do século XX e consequentemente do XXI, pois não foi com o ato político (assinatura da lei Áurea) que se encerrou uma mentalidade de mais de um século.
A atividade proposta consistia em dividir as turmas em grupos e cada um deles deveria se empenhar em analisar determinado documento escolhido pela professora, quais sejam: músicas: Boa esperança(Emicida, 2015), Todo camburão tem um pouco de navio negreiro (O Rappa, 1994), O Haiti é aqui (Caetano Veloso e Gilberto Gil, 1993, disco Tropicália 2) e por último, Negro Drama(Racionais, 2002); o poema Navio Negreiro (Castro Alves, 1868); o filme Doze anos de escravidão (Steve Mcqueen, 2013) e por fim imagens racistas (fotografias, propagandas e reportagens sobre elas) no Brasil atual.
As perguntas para cada grupo eram as mesmas, porém com algumas variações para se adequar ao documento selecionado para análise. Os grupos deveriam abordar: uma análise do documento histórico escolhido: quem produziu? Quando? Por quê? Para quê? Qual a crítica social presente no documento? Qual a relação passado-presente que podemos destacar? O que o grupo pode ter como “lição para a vida” a partir da música e do clip?
Avaliando o desenvolvimento do trabalho, percebe-se que, em geral os grupos fizeram apresentações com participação de todos os integrantes, sem direcionamento da professora, foram criativos e tomaram cuidado de abordarem as questões colocadas nas orientações.
De maneira ampla e generalista as turmas tiveram resultados quantitativos de 90 a 100% da nota, no entanto, qualitativamente avaliando os parâmetros são outros. O trabalho escrito que era para ser feito em grupo foi resultado de uma mescla de ações: discutiram conjuntamente, tiveram ideias nos grupos, conversaram com a professora, contaram com orientação, no entanto, por questões de tempo, preferiram montar cada integrante do grupo uma parte do trabalho e agrupá-las para ser entregue. O resultado foi uma mescla de ideias jogadas e desconexas e repetitivas, muitos grupos ainda consideram a wikipedia a melhor fonte de informações e fazem cópias ipsis literis do texto contido no verbete pesquisado, mesmo que o mesmo não responda à questão feita pela professora.
Por outro lado, houve a participação efetiva de estudantes que raramente fazem suas atividades em sala de aula ou que participam das discussões da disciplina. Também foi possível trazer à tona discussões sobre racismo, preconceito enquanto resultados de uma política racial do século XIX que é o período estudado em questão no 8º ano, e como isto marca a formação da identidade nacional brasileira; como podemos perceber essas marcas em situações atuais cotidianas, inclusive dentro da escola ou em outros espaços sociais que os/as estudantes frequentam.
A maior parte dos grupos percebe que a relação entre o passado e o presente através dos documentos históricos que analisaram é que naquele, os negros eram escravizados e neste, temos o resultado dessa escravização: preconceitos, ataques diretos, segregação, violência (moral ou física).
Para o aluno B,
[...] a música traz uma grande crítica social e ao mesmo tempo uma grande lição de vida para as pessoas que leem a letra e escutam a música: os negros podem estar livres, mas ainda são vistos como escravos, mostrando uma alta taxa de racismo e preconceito por essa raça que são só seres humanos como os brancos e todos os outros. [...] Uma parte da letra me chamou atenção que é a “vá representar uma ameaça à democratização” mostra exatamente a realidade do país que é o Brasil, onde a maioria vence a minoria, onde a maioria são os brancos quase sempre racista e a minoria os negros isolados do governo, sem voz e direito, onde sempre será a mesma coisa se não mudar.
Já para a estudante AJ,
[o documento] não deu lição de vida nenhuma porque apesar de falar do passado, na minha opinião nada fez com que eu achasse que foi uma lição. [...] Agora, para as outras do meu grupo elas acharam que deu uma lição de vida sim, pelo simples fato deles [os cantores] não aceitar [sic] o racismo e o preconceito.
Sua redação cobra mais dos cantores, espera mais além da música, da escrita, espera atitudes, ações, medidas mais objetivas com relação ao racismo e ao preconceito existentes no país. Esta foi a única redação destoante e também a mais crítica pois, em sua opinião a música é importante, mas não é o suficiente.
Percebe-se com este trabalho, ser possível utilizar as teorias acadêmicas para enriquecer o conteúdo, as explicações e as argumentações com os estudantes da educação básica, sobretudo por se tratar de temas tão delicados, que parecem distante temporalmente, mas que ao mesmo tempo são atuais. Falar sobre o tema é um primeiro passo para despertar críticas, análises, indignação das turmas e compreender que a formação da identidade nacional no século XIX esteve pautada nas questões raciais, de nação e que geraram consequências até hoje não superadas, tais como o racismo ou a violência estatística contra negros e jovens no país.

Referências bibliográficas:
BERBEL, Márcia; MARQUESE, Rafael; PARRON, Tâmis. Escravidão e política: Brasil e Cuba, 1790-1850. São Paulo: Hucitec/Fapesp, 2010.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 5. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação Edições Câmara, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: História. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental, 1998.
CHALHOUB, Sidney. A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil Oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Proposta curricular de História: ensino fundamental. CBC de História.Belo Horizonte, 2015.

54 comentários:

  1. Olá, meu nome é Eduardo da Silva Melo e gostaria de perguntar quais as reais e efetivas proposituras que o Estado deve implementar para que haja, de maneira acurada, o combate a toda forma de discriminação da população negra?

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    1. Olá Eduardo, sua pergunta é simples porém longa para ser respondida. Irei ponderar dois aspectos:
      1- Creio que é uma questão de política pública, de política de Estado, ou seja, varia conforme o grupo de pessoas escolhidas para montar os currículos que temos hoje. No estado de Minas Gerais, o CBC - Currículo Básico Comum estabelece o que eu coloquei no trabalho como objetivo, mas não traz possibilidades de trabalho - isto fica à critério da/o professora/r.
      2- sobre as reais posturas, as efetivas, acredito que a própria criminalização do racismo já é um passo importante. Sinceramente, não sei o que pode ser feito, mas eu teria algumas sugestões se eu fosse parte da secretaria de educação do meu estado por exemplo. Talvez campanhas educativas, momentos na escola com os pais para debater o tema. Mas é óbvio que precisa de uma fiscalização acirrada também (fora da escola eu me refiro) e punição para os crimes cometidos.
      Espero ter contribuído
      Aline Ferreira Antunes.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Aline Antunes, boa tarde!

    Gostei de suas reflexões e achei importante a atuação docente por você dissertada tendo em vista o tema tão sensível para estudantes em formação e que necessitam de mediações para o desenvolvimento da consciência histórica.

    Interessei-me principalmente pela atividade proposta que envolveu música, reflexão e posicionamento crítico.

    A maioria dos docentes em História quando discutem sobre Ditadura Militar no Brasil, por exemplo, faz questão de apresentar para além do cenário político da época também a cena musical, teatral e cultural daquele período, seus artistas consagrados e afins. Música e contexto social estão imbricados e estudar a atuação da população afrodescendente no Brasil é ter em mente a importância da interdisciplinaridade e do uso de outras epistemologias.

    Dessa forma, não acredito que a opinião da estudante AJ tenha sido a mais crítica. É notório que precisamos de atuação nos mais diversos espaços, mas então quer dizer que música não é atuação política, nem experiência de vida? Imagine quantos garotos e garotas aprendem História e se colocam politicamente através dos versos de Racionais e Emicida. Atualmente, é fundamental ampliar esse conceito. Atua-se politicamente desde um texto na rede social, à afirmação étnica, até a presença em protestos por melhores condições de vida e de direitos na atualidade devido a esquizofrenia em que se encontra o mundo.

    Minha pergunta é mais a título de curiosidade e reflexão. Na sua observação, qual a composição étnica dos alunos da sala (negros, não-negros). E a estudante AJ?

    Cordialmente,
    Graziella Fernanda S. Queiroz

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    1. Olá Graziella, obrigada pelo comentário. Gostei muito do que você escreveu. Confesso que eu não tinha visto a postura da aluna AJ por este ponto de vista. Creio que fui infeliz em minha colocação também.... acabei minimizando a música... no fim, me posicionei como ela: tomando a música como mínima e não dando a devida importância - o que foi feito em seu post.
      Sobre sua pergunta: as turmas de 8o ano eram bastante diversificadas porém prevalecendo brancos e pardos. A estudante AJ poderia ser classificada como parda. Poucos são negros.
      Porém, em um questionário que apliquei nas turmas no início do ano, cerca de 80% se declara (se entende) como brancos.
      Cordialmente também
      Aline Ferreira Antunes.

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  4. Olá Aline,
    Achei muito interessante sua prática de sala de aula, um exercício fundamental na construção de uma sociedade progressivamente menos excludente. Mas fiquei com uma dúvida: você declinou cuidadosamente os produtos culturais que entendi serem favoráveis a essa inclusão, mas de forma genérica ("imagens racistas") as contrárias. Não seria importante também nomeá-las e enumerá-las?
    José Maria Neto.

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    1. Olá José Maria Neto,
      no resumo expandido é difícil enumerar todas as imagens, mas no trabalho completo eu coloco todas e as fontes corretas. Respondendo sua pergunta: são vários tipos: propagandas racistas (antigas e atuais) selecionadas, bem como imagens da atriz Taís Araújo no facebook que foi alvo de comentários racistas e o caso da Jornalista Maju do Jornal nacional na Globo - ambas foram escolhidas pela visibilidade que tiveram e por ser um veículo de informação que a turma majoritariamente tem acesso (televisão aberta - especialmente este canal).
      Espero ter ajudado
      Aline Ferreira Antunes

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  5. Boa tarde Aline!
    Primeiro gostaria de lhe parabenizar, por trabalhar de forma tão delicada um tema de suma importância para a nossa sociedade, ao trabalhar com os alunos você deixa claro que aconteceu isso há séculos atrás, porém AINDA ocorre na sociedade atual, mesmo após a abolição da escravidão...
    Gostaria de saber seu ponto de vista (mais por curiosidade) no que diz respeito a mescla de ideias desconexas e repetitivas para a realização da parte teórica, (somente falta de tempo), ou dificuldade para transcrever um tema que infelizmente não é dada a importância que deveria em nossa sociedade como um todo?
    Para finalizar e refletir, será que se houvesse um tempo maior para entrega do trabalho os alunos realmente conseguiriam desenvolver a parte teórica com maior qualidade, onde escrevessem com suas palavras o seu verdadeiro ponto de vista (sem pesquisa na wikipedia), como foi na apresentação do mesmo?

    Atenciosamente,
    Valéria Cristina Turmina

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    1. Olá Valéria,
      acredito que mesmo que houvesse mais tempo a fonte de pesquisa dos estudantes continuaria a ser a wikipedia - é uma questão cultural/de educação e não de tempo. Eles precisam ser apresentados à outras fontes de pesquisas - e isto é papel de nós professores - principalmente na educação básica e mais ainda no nível fundamental.
      Quanto à sua primeira pergunta, as ideias dos grupos ficaram desconexas porque não fizeram em grupo, mas sim "cada um sua parte" e ao final juntaram todas, sem estabelecer conexão - o que é bastante comum também.
      Aline Ferreira Antunes

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  6. Quais as medidas necessárias a serem tomadas por quem, infelizmente, ainda sofre com o preconceito racial dentro do ambiente escolar?

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    1. Olá Jarlisson, enquanto professora eu tomaria as seguintes posturas:
      1- conversaria com os envolvidos fora da sala de aula para evitar exposição desnecessária da vítima, na presença das gestoras escolares (supervisora, diretora, vice-diretora).
      2- chamaria os pais dos agressores e da vítima para expor a situação e advertir que racismo é crime e que em caso de persistência, instâncias maiores seriam acionadas (polícia por exemplo).
      3- dependendo do caso, outras medidas mais sérias serão necessárias (acompanhamento psicológico para a vítima pode se fazer necessário - posso afirmar isso por experiência própria).
      Espero ter contribuído.
      Aline Ferreira Antunes

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  7. Considero esse trabalho realizado por você como uma excelente referência de trabalho em sala de aula sobre a cultura afro, pois, eu como estudante só vejo a valorização de tal cultura no mês de novembro, excluindo-a completamente dos Planos de Trabalho Docente nas demais época do ano. Thaís Jung

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    1. Olá ThaIs, obrigada pelo post.
      Concordo com você mas sinto-me otimista e uso um pouco da filosofia de Poliana (PORTER, ELANOR H).: poderia ser pior.... que bom que temos pelo menos o mês da Consciência negra (novembro). Temos que nos apoderar dele e procurar expandir sempre :D
      Aline Ferreira Antunes

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  8. Os problemas encontrados nos trabalhos seriam amenizados se os discentes tivessem mais tempo para a sua elaboração?

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    1. Aline Ferreira Antunes6 de abril de 2017 às 06:37

      Olá Karla, eu não tenho dúvida que os problemas (não só deste trabalho) seriam amenizados se eu depusesse de mais tempo para planejamento e para aplicação (principalmente a aplicação).
      Aline Ferreira Antunes

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  9. é um trabalho muito importante, pois nos permite avaliar, quais as visões de alguns alunos a respeito da sociedade e de suas vivências.
    Você acredita que o trabalho desenvolvido na turma contribuiu para a formação de consciência histórica dos alunos?
    Aline Barros dos Reis.

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    1. Aline Ferreira Antunes6 de abril de 2017 às 06:38

      Oi Aline Barros, obrigada pelo post. Acredito que o trabalho contribuiu sim. Estamos em constante movimento e mudança em minha opinião, então estes estudantes, se não transformaram seu posicionamento, ao menos uma semente de inquietude foi plantada. E isto é muito importante. Por mais que eu talvez não vá ver os frutos desta semente. De maneira mais profissional e menos emotiva/humana/sensível, seria interessante a aplicação de um questionário ou algum outro mecanismo que pudesse averiguar quais as conclusões dos estudantes de maneira mais estatística (que não fosse somente a redação feita).
      Aline Ferreira Antunes

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  10. As dificuldades encontradas pelos alunos em realizar o trabalho escrito não seriam sanadas com a cooperação da disciplina de Língua Portuguesa em um projeto interdisciplinar?
    Parabéns pelo trabalho.

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    1. não assinei
      As dificuldades encontradas pelos alunos em realizar o trabalho escrito não seriam sanadas com a cooperação da disciplina de Língua Portuguesa em um projeto interdisciplinar?
      Parabéns pelo trabalho.

      Gisele Cristina da Câmara

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    2. Aline Ferreira Antunes6 de abril de 2017 às 06:39

      Oi Gisele,
      obrigada pela sugestão. De minha parte acredito que o trabalho interdisciplinar sempre é uma ótima opção, mesmo que seja tão difícil de ser realizado.
      Aline Ferreira Antunes

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  11. Olá, parabéns e obrigada por discutir um tema tão necessário. Como fazer que os alunos se percebam Negros?
    Esta pergunta pode parecer um tanto quanto ridícula, mas infelizmente grande parte dos meus alunos têm vergonha e sentem preconceito por eles mesmos, por mais que eu tente desmistificar essa ideia enraizada que ser é negro é ruim mais resistência encontro por parte deles.
    Obrigada!

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    1. Aline Ferreira Antunes6 de abril de 2017 às 06:41

      Olá Karoline, obrigada pelo comentário.
      sua pergunta está além da meu alcance. O problema do racismo no Brasil é histórico e socialmente construído, portanto sua desconstrução também deve se pautar por aí, sendo a escola e nós professoras/es importantes mecanismos deste caminho inverso. A partir deste árduo, lento e longo trabalho, será possível que negros reconheçam-se como negros.
      A resistência que você encontra, todos nós encontramos e ela estará presente provavelmente por muitos anos ainda, afinal, nossas heranças do racismo são antigas....
      Aline Ferreira Antunes

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    2. Olá, tudo bem? Realmente desconstruir algo que a sociedade levou séculos para enraizar é muito difícil. Mas será que uma enfase maior no estudo da miscigenação não ajudaria na compreensão do preconceito levando assim à aceitação?
      Silvia Regina Lourenço

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    3. Aline Ferreira Antunes7 de abril de 2017 às 07:32

      creio que não só um estudo sobre a miscigenação, mas também sobre as teorias raciais do século XIX, a orgiem do racismo, e as práticas de branqueamento no Brasil. Tudo isto ajuda a compreender melhor e explicar melhor também em sala de aula.
      Aline Ferreira Antunes

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  12. Boa tarde Aline, gostei do texto, achei interessantíssimo o projeto, porém ficou evidente em sua fala que qualitativamente todos os objetivos não foram alcançados, assim queria saber se já ouve uma reavaliação e reelaboração do mesmo para ser implantado de maneira diferente? Com o intuito de perceber e quebrar com o pensamento racista em sala de aula e consequentemente fora dela, na sociedade.

    Att., Zaqueu Abreu Reis

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    1. Aline Ferreira Antunes6 de abril de 2017 às 06:42

      Olá Zaqueu, boa noite.
      Ainda não tive oportunidade de aplicar o mesmo trabalho em escola ou turma diferente. Mas com certeza modificaria algumas coisas.... sempre é bom aperfeiçoarmos nosso trabalho. Faz parte do planejamento de aula nosso :D
      Aline Ferreira Antunes

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  13. Olá Aline,é preciso mudar os estudos das relações étnico-raciais na escola.Sendo assim qual seria o papel da escola no combate ao racismo na sua opinião?Ivanilde Freire Costa Andrade Ribeiro

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    1. Olá Ivanilde, concordo com você em sua afirmação de que é preciso mudar os estudos das relações étnico-raciais nas escolas. Quanto à sua pergunta, não acredito em uma escola redentora e salvadora da pátria, entretanto defendo a importância de nós professoras/es termos sempre posturas éticas - haja vista que estamos sob holofotes o tempo todo; nos posicionarmos contra preconceitos e racismo, inclusive promovendo debate sempre que necessário - mesmo que "sacrifiquemos" nosso tempo de "conteúdo". Neste mesmo trabalho, diversas vezes foi necessário pausar o conteúdo para não perder a oportunidade de discutir as relações étnico-raciais na sala de aula e as posturas por vezes racistas dos estudantes. Procurei deixar claro para eles que o limite entre a "zoeira" e o racismo é muito tênue.
      Reafirmando: a escola não é redentora, nem resolverá o racismo brasileiro tão enraizado. As raízes do problema são históricas e diversas/os historiadoras/es nos demonstram isso (vide Lilia Schwartz). No entanto, a escola tem um papel importante em se posicionar sempre que necessário: papel educativo de cidadãos mais críticos e, sobretudo, éticos.

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    2. Muito obrigada pela contribuição!Ivanilde Freire Costa Andrade Ribeiro

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  14. muito interessante o texto
    instigar reflexão sobre a indústria do entretenimento pois as letras são documentos capazes de discutir historia e comportamento
    janyce soares de oliveira

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    1. Obrigada pela contribuição Janyce Soares.
      Aline Ferreira Antunes

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  15. Boa Noite Aline, na sua opinião,existe resistência por parte da escola em tratar a questão racial?
    Floraci Onorato de Jesus

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    1. Boa noite Floraci Onorato, obrigada pelo comentário. Acredito que depende da escola. Tive experiência com duas escolas totalmente opostas: uma se opunha a qualquer trabalho que fugisse da "ordem" e outra (na qual desenvolvi esse trabalho) apoiou todas minhas propostas. A abertura da escola em apoiar as/os professoras/es é fundamental. Enxergo que na cidade de Uberlândia a questão racial abordada nas escolas, na área específica de História é menos problemática do que a questão de gênero por exemplo. Entretanto, se formos para as aulas de Ensino Religioso... são outros enfrentamentos - infelizmente.

      Aline Ferreira Antunes

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  16. Boa noite! Meu nome é Glaucia sou aluna do curso de Licenciatura Plena em História da Universidade Estadual de Goiás-UEG e gostaria de saber como, na sua opinião, o professor pode tratar em sala de aula não só a questão da escravidão no Brasil mas, também as consequências que ela trouxe até os dias de hoje? Glaucia da Silva Costa.

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    1. Aline Ferreira Antunes6 de abril de 2017 às 06:47

      Olá Glaucia, bom dia. Eu particularmente não tenho uma "receita de bolo" e acredito que nós professoras estamos em constante construção também (assim como os/as estudantes). Em cada aula nos deparamos com situações que exigirão posicionamentos de nós para tratarmos o assunto. Acredito que expôr a escravidão e principalmente utilizarmo-nos de produtos culturais para isso ajuda bastante nas aulas. Depois, usarmos situações cotidianas para as turmas identificarem o racismo, o preconceito nos dias atuais. Desta forma iremos mostrando como essas atitudes são consequência de anos de escravidão e como também podemos desconstruir isso aos poucos. Contextualizar a escravidão é fundamental: explicar as teorias raciais do século XIX, políticas de branqueamento no Brasil, etc... Enfim, o próprio trabalho de historiadoras irá nos proporcionar abordar o tema em sala de aula e suas consequências.
      Espero ter contribuído.
      Aline Ferreira Antunes

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  17. Bom, primeiramente parabéns pelo trabalho. Achei interessante toda a sua abordagem, desde apresentar aos alun@s as diferentes relações de escravidão, por por vezes @s alun@s não sabem que negros escravizavam negros, porém as relações mudam com a interferência do homem branco, formando assim toda uma relação de poder, status e comércio. Sou bolsista do PIBID, História da África e Cultura,UNESPAR Campus de União da Vitória/PR, já trabalhei de maneira semelhante em sala de aula, e a música foi uma forma que @s alun@s gostaram bastante, e se "soltaram" para falar sobre o racismo, preconceito e discriminação. Porém, sabemos que não alcançamos certos alun@s como outros, assim devemos ter uma nova abordagem sobre o assunto. Minhas dúvidas foram supridas com as outras perguntas e respostas, mas gostaria de saber sobre esta aula em questão, se você notou alguma "resistencia" de algum alun@, ou se teve alguma reação que lhe chamou a atenção, e se @s alun@s já tinham ouvido antes sobre as relações de escravidão entre negrosxnegros e brancosxnegros.
    att, Thaynara Morganna de Souza de Lima

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    1. Aline Ferreira Antunes6 de abril de 2017 às 06:58

      Olá Thaynara, obrigada pelo comentário. Devo dizer que eu sou tida pel@s estudantes como professora "chata" por sempre corrigir à todos e também por chamar a atenção del@s para problemas raciais ou de gênero, sempre que necessário.
      Nestas duas turmas em específico, durante o ano todo eu discuti com um grupo de estudantes porque ficavam (na opinião deles) "brincando" com um colega negro, com piadas, na minha opinião, ofensivas. Para eles era "zueira", para mim era um reforço de atitudes preconceituosas que muitas vezes são culturalmente aceitas. Foi necessário acontecer um episódio de ofensa racial envolvendo um aluno de fora da sala - fora do grupo de amigos deles para que eles entendessem que a linha entre o racismo e a "brincadeira" é quase invisível. O episódio aconteceu com o mesmo aluno que era vítima das agressões dos amigos e não se "importava", mas quando alguém de fora do círculo de amizades fez uma brincadeira racista, todos se indignaram. Eu aproveitei o exemplo, com muito tato, em sala para mostrar para eles o que eu tentava dizer o ano todo. No final da minha explicação eles estavam todos quietos: entenderam e reconheceram que a "brincadeira" reforça o preconceito. Mas foi preciso sentirem na pele antes... Foi um casamento de ações: o trabalho, as aulas expositivas, as apresentações dos grupos, tudo isso no calor do momento contribuiu para eles entenderem que racismo não pode ser brincadeira em hipótese alguma.

      Sobre a resistência, sempre há. Ela se dá de diversas formas e muitas vezes nem é pelo tema da aula, mas talvez pela própria disciplina, ou por estarem na escola, ou por não quererem ser daquela sala em específico.... etc. etc. Mas aos poucos, quando temos tempo para conviver com essas turmas, vamos destruindo essas resistências. Para isto é precismo sermos abertas às sugestões das turmas, termos posturas éticas e sempre darmos ouvido aos questionamentos, falas d@s estudantes. Isso permite criarmos laços e aos poucos a resistência vai diminuindo. Mas leva muito tempo - com alguns, mais de um ano (e infelizmente, ficamos somente um ano com cada turma).

      gostei de saber que você participa do PIBID. Eu fui bolsista do programa por 3 anos e meio durante a graduação e foi uma experiência que sem dúvida me transformou na professora que sou hoje.

      Abraço.
      Aline Ferreira Antunes.

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    2. Parabéns pela atitude diante da situação. As vezes percebemos professor@S deixar "passar" algum episódio destes, racismo, discriminação entre outros. Sua atitude foi muito bem, junto as outras ações já trabalhadas. É interessante esta partilha de experiências, pois ela nos instiga, nos ensina, e nos mostra que não estamos só nesta luta contra os tipos de discriminação. Sim o PIBID na verdade que me instigou,a saber mais sobre o assunto, entendê-lo para assim trabalha-lo em sala de aula, o projeto nos traz experiências únicas para uma vida inteira. Mais uma vez obrigada pela troca de informações e atenção as perguntas, sucesso!

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    3. Aline Ferreira Antunes7 de abril de 2017 às 07:37

      Obrigada a você pelos comentários e possibilidade de expandir a discussão.

      :D

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  18. olá, gostei muito de seu texto, parabéns!!!
    minha pergunta é, na sua concepção a senhora acredita que a professora de seu texto, conseguiu atingir o objetivo proposto pelo trabalho? e os alunos conseguiram realmente entender o processo do negro no Brasil, ou ainda de maneira superficial, até mesmo pela idade.
    de: Jéssica Ewelyn Silva de oliveira

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    1. Aline Ferreira Antunes7 de abril de 2017 às 07:40

      Olá Jessica, a professora sou eu mesma rsrs. Então considero que apesar de qualquer ponto negativo o trabalho foi sim muito bom e acredito que alcancei meus objetivos.
      Para estudantes de 8o ano, pensei que seria complexo demais entenderem as raízes históricas do racismo no Brasil, mas eu subestimei as turmas: eles se revelaram muito críticos e entenderam sim o processo.

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  19. Olá! Primeiramente, parabéns pelo seu texto!
    Gostaria de saber quais metodologias adotar para se trabalhar a autoestima, visando a facilitar o reconhecimento dos alunos enquanto negros, nas aulas de História?

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  20. Reitero:
    Ao meu ver (Enquanto professora junto ao Ensino Fundamental I e II), existe uma resistência, por parte dos próprios alunos em se reconhecerem enquanto negros. Sempre existe um: "minha mãe me disse que sou morena...", que me faz refletir sobre o preconceito que se encontra escondido, camuflado, e este, causa danos graves!
    Dessa forma, qual seria a melhor metodologia a adotar, para que se trabalhar com essas crianças, de modo que as mesmas possam se reconhecer enquanto negras?
    Att: IÊDA MAYARA DE SANTANA.

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    1. Aline Ferreira Antunes7 de abril de 2017 às 07:44

      Oi Ieda, eu não sei qual seria a melhor forma de trabalhar a autoestima d@s estudantes. Eu procuro sempre respeitá-l@s e penso que este é um primeiro passo para el@s perceberem que não tem distinção (isto é meio óbvio e está inclusive em lei - código de ética do servidor público - porém, nem sempre é aplicado).
      Outra coisa: sou a favor do trabalho interdisciplinar: por vezes será necessário um@ psicológ@ para ajudar @s professor@s... uma pensa que ainda é um serviço não tão acessível para tod@s...

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  21. Boa Noite, Aline!
    Gostei do seu texto! Parabéns pela discussão que promovestes!
    Pensando a partir da análise do resultado das atividades dos educandos/as, quando afirma que “O resultado foi uma mescla de ideias jogadas e desconexas e repetitivas...” é possível uma reelaboração da atividade para se alcançar com maior proveito o objetivo proposto? Para você, enquanto observadora das atividades propostas pelo/a docente e desenvolvidas pelos/as educandos/as, em que a/o docente não foi tão assertivo na elaboração dessas atividades? Ou se isso se explica por um despreparo dos/as educandos/as?

    Rivaldo Amador de Sousa

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    1. Aline Ferreira Antunes7 de abril de 2017 às 07:55

      Olá Rinaldo, alguém fez uma pergunta parecida aqui nos comentários ao que eu respondi que independe do tempo ou da reelaboração da atividade. O problema não é a atividade mas sim um hábito d@s estudantes de fazerem trabalho em grupo todo fragmentado e também de só pesquisarem na wiki. O que eu preciso fazer enquanto docente é sempre, em todos os trabalhos, educá-l@s para mudar isto.
      Como eu quem fiz o trabalho e a atividade, acredito que fui assertiva sim na elaboração desta atividade. E o fato de os estudantes serem despreparados para isto significa que temos que abordar mais esses assuntos, a atividade foi uma tentativa disto.

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  22. Olá Aline, conseguir entrar nesta sala de aula; já fiz trabalhos deste gênero e prátia. Mas gostaria de saber, Você teve a sensação de querer fazer algo mais, mas não conseguiu ou não deu?

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    1. Aline Ferreira Antunes7 de abril de 2017 às 07:46

      Olá, sou uma pessoa bastante perfeccionista, então sempre quero fazer mais. Mas estou me policiando com isto e dando mais valor aos resultados alcançados em sala de aula. Sempre é um passo...

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    2. Também gostaria de saber qual o próximo passo nesta perspectiva?
      Sou Luciane Paiva prof de história

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  23. Gostaria de saber se você tem mais sugestões de fontes sobre o tema, ou mesmo os planos de aula utilizados na atividade.
    Grata,
    Francisca Eveline Pereira Viana.

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    1. Aline Ferreira Antunes7 de abril de 2017 às 07:50

      Olá Eveline, eu não disponibilizo meus planos de aula pois acredito ser um trabalho que depende da turma, da escola, etc... mas quanto às referências tenho várias, vou te indicar livros usados em uma disciplina do mestrado:
      DAVIS, David Brion. O problema da escravidão na cultura ocidental. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001, pp. 435-531.
      BERBEL, Márcia; MARQUESE, Rafael; PARRON, Tâmis. Escravidão e política: Brasil e Cuba, 1790-1850. São Paulo: Hucitec/Fapesp, 2010 (cap. 2).
      RODRIGUES, Jaime. O infame comércio: propostas e experiências no final do tráfico de africanos para o Brasil – 1800-1850. Campinas/SP: Ed. Unicamp/Cecult, 2000.
      PARRON, Tâmis Peixoto. A política da escravidão no Império do Brasil – 1826 -1865 (mestrado) USP, 2009.
      CHALHOUB, Sidney. A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil Oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
      MATTOS, Hebe. Das cores do silêncio: os significados da liberdade no sudeste escravista – Brasil, século XIX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
      GOULD, Stephen Jay. A Falsa medida do homem. Trad. Valter Lellis Siqueira. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

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  24. Este comentário foi removido pelo autor.

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  25. Boa noite , primeiramente ... parabéns pelo seu texto .
    Bem, sabemos que o brasil e um pais que possui um grande variedade de povos , uma grande variedade de culturas entre outros . As escola brasileiras possuem alunos brancos , pardos , negros entre outras , e que o numero de alunos pardos nas escolas vem crescendo cada vez mais ,e o numero de alunos negros também vem crescendo , porem , nem todos esses alunos se consideram negros . Isso e um fato que vem a se repetir varias e varias vezes , eu mesma já presenciei um caso desse. A minha pergunta é :
    As escolas ou ate mesmo o próprio Governo poderiam encontrar formas de incentivo ou uma forma de ajudar essas pessoas que não aceitam a cor da sua pele ou não aceitam ser quem elas são ?
    Sabemos que elas podem não aceitar por sofrerem preconceito ou não terem um maior conhecimento sobre certas origens culturais .

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  26. Jheniffer Stefane Rodrigues de Oliveira7 de abril de 2017 às 17:17

    Ótimo texto, sabemos que o preconceito racial existe até os tempos de hoje e que não é fácil mudar essa realidade principalmente quando esse tipo de atitude é ensina em casa. Como a autora reagiria se entrasse em uma sala de aula e soubesse que um de seus alunos tem esse tipo de ensinamento em casa e prática esse tipo de preconceito na escola?

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